Após 62 anos, cientistas redescobrem no Quênia rara mosca pelula dourada
A espécie peluda, de cor dourada, foi avistada pela primeira vez em 1933 e, depois, somente em 1948.
Desde então, várias expedições se dirigiram à região, entre as cidades de Thika e Garissa, em nova busca da mosca.
Robert Copeland/AFP | ||
Pesquisadores pensavam que a mosca peluda poderia somente viver em fendas de rocha das colinas de Ukazi |
Com cerca de um centímetro, o inseto se parece mais com uma aranha com pernas cheias de pelo, explicaram os cientistas.
Sem a capacidade para voar, os pesquisadores pensavam que a mosca poderia somente viver em fendas de uma rocha das colinas de Ukazi, onde vivem morcegos --elas se reproduzem nas fezes do animal.
"A mosca não tem adaptações visíveis para se agarrar a outros animais e se transferir de um lugar a outro", disse Robert Copeland, do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos.
Segundo ele, com as longas pernas, pode ser que a mosca tenha pego uma carona com um morcego, já que não há notícia de ter sido vista em outros lugares.
Copeland também tem dúvidas se a mosca pertence aos insetos da ordem diptera. "Temos coletado amostras para análises moleculares, para ver onde exatamente essa mosca se encaixa no processo evolucionário", explicou.
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