O professor Kássio Vinícius Castro Gomes tinha 39 anos, era casado e deixou dois filhos, de acordo com informações de amigos. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (7) dentro do Instituto Metodista Izabela Hendrix, próximo à Praça da Liberdade, na região centro-sul de Belo Horizonte. Após esfaquear o professor, o aluno fugiu de moto.
Ainda segundo o delegado, o aluno disse em depoimento que entrou com a faca escondida na mochila e que pretendia apenas intimidar o professor. O estudante de Educação Física deixou o Departamento de Investigações em Belo Horizonte no fim da manhã desta quarta-feira (8) escoltado e retornou em seguida para dar continuidade aos depoimentos. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ele vai passar por exame de corpo de delito no Instituto de Criminalística e vai ser transferido para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na região de Belo Horizonte. Ele foi preso de madrugada em casa, sem resistir à prisão, e foi ouvido.
A confissão do crime foi confirmada pelo advogado do preso, Nelson Rogério Leão. Segundo a defesa, o universitário sofre de transtorno bipolar e é esquizofrênico. "O professor era exigente, mas nada justifica um ato deste", disse o advogado.
Segundo um policial, um irmão do suspeito disse à PM, nesta terça-feira (7), que Loyola é usuário de drogas.
Lamentam violência
O Instituto Metodista Izabela Hendrix em Belo Horizonte divulgou em nota oficial que está prestando apoio à família do professor e está colaborando com a investigação da polícia. Ainda segundo a nota, a faculdade lamenta o ocorrido e informa que a instituição conta com 52 vigilantes e 53 câmeras de circuito interno de TV. De acordo com a assessoria do instituto, as gravações foram encaminhadas para a polícia.
O Sindicato dos Professores da Rede Pivada de Minas Gerais (Sinpro Minas) também se manifestou. A entidade disse em nota que lamenta profundamente a morte do professor e se solidarizou com os familiares. O Sinpro Minas classificou o caso como trágico e disse que o episódio "revela a relação tensa e de desrespeito que milhares de docentes têm vivido no interior das escolas". Ainda segundo o sindicato, os donos de escolas vêm sendo informados do aumento da violência contra a categoria no cotidiano escolar.
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