Taxa do cheque especial foi a que mais subiu para consumidor, segundo a Anefac
Juros voltam a subir. Maior vilão é o cheque especial
As taxas de juros voltaram a subir em novembro depois de quatro reduções mensais seguidas, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgada nesta quinta-feira (9).
A taxa média para pessoa física subiu de 6,69% ao mês em outubro para 6,74% ao mês em novembro. O principal vilão dessa alta foi o cheque especial, cuja taxa de juros passou de 7,44% ao mês para 7,59% ao mês – o maior patamar desde abril do ano passado.
O motivo da alta, segundo o economista e coordenador da pesquisa da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, é a elevação dos juros futuros - reflexo do empréstimo de R$ 2,5 bilhões tomado pelo Banco Panamericano recentemente.
Também contribuiu para o aumento, de acordo com Oliveira, a recente medida do Banco Central de elevar os depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no BC) e a alta do requerimento de capital para operações de crédito para pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses.
Para os próximos meses, esses fatores deverão continuar a elevar a taxa média de juros, segundo a Anefac.
Os empréstimos pessoais em financeiras também tiveram alta expressiva nos juros. A taxa passou de 9,48% ao mês em outubro para 9,54% ao mês em novembro – maior taxa desde setembro deste ano.
Desta vez, o cartão de crédito não apresentou aumento da taxa de juros, que, assim como em outubro, ficou em 10,69% ao mês em novembro.
Empresas
No caso das pessoas jurídicas, as três linhas de crédito pesquisadas apresentaram altas nas taxas de juros, segundo a Anefac. A taxa média geral passou de 3,76% ao mês em outubro para 3,79% ao mês em novembro – o maior nível de juros médios desde agosto deste ano.
Os juros do cheque especial para empresas teve alta de 5,23% para 5,24% em novembro. Já no caso do desconto de duplicatas, os juros passaram de 2,99% para 3,03%. Por fim, a taxa para o capital de giro passou de 3,06% para 3,09%.
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