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Economia
Sexta - 10 de Dezembro de 2010 às 13:22

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As indústrias que beneficiam arroz em Mato Grosso poderão amargar mais prejuízos em 2011 em função da queda de 30% na produção local na safra 2010/2011. O Estado estima produzir nesta temporada 514,1 mil toneladas de arroz. Se comparada à produção da safra passada, quando foram 742,7 mil toneladas, a diferença é de 228,6 mil toneladas. Os números, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento nesta quinta-feira (9), apontam para uma perspectiva negativa no setor, cujo desempenho semelhante foi observado nos últimos 3 anos.

Com a queda, que é a maior registrada no país, Mato Grosso perde uma posição no ranking nacional de maior produção de arroz. O Estado ocupa atualmente a 4ª posição, ficando atrás do Rio Grande do Sul (8,1 milhões de toneladas), Santa Catarina (1 milhão de toneladas) e Maranhão (631 mil toneladas). O cultivo de arroz representa 1,66% da produção de grãos mato-grossense, que totaliza 30,8 milhões de toneladas. Esse volume é 6,9% maior no que foi registrado na safra 2009/2010 quando somaram 28,8 milhões de toneladas.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz-MT), Joel Gonçalves Filho, explica que as empresas locais não estão em condições de concorrer com outras indústrias brasileiras. Conforme ele, a falta de estímulo provocada pela alta produção no Sul do Brasil, fazendo despencar o preço do produto em Mato Grosso, deve permanecer para o próximo ano. "Pode ocorrer que mais indústrias deixem de operar no Estado".

Ele lembra que nos últimos 3 anos o Estado perdeu mais de 50% das indústrias beneficiadoras de arroz. O levantamento da Conab mostra que a área mato-grossense semeada com arroz também terá redução, de 31%, baixando de 246,9 mil hectares para 170,4 mil hectares.

Aumento - As produções de algodão, milho e soja, em Mato Grosso, terão incremento nesta safra, de acordo com a Conab. No caso da fibra, a alta será de 60,3%, passando de 583 mil toneladas para 935,1 mil toneladas. A produção de soja aumentará de 18,7 milhões de toneladas para 19,4 milhões de toneladas, representando um acréscimo 3,9%. O diretor da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, afirma que o desempenho da oleaginosa é equilibrado. Ele aponta que a valorização do produto é responsável pelo cenário positivo. O levantamento mostra que o milho também terá alta, de 10,6%, passando de 8,1 milhões de toneladas para 8,9 milhões de toneladas.

 





Fonte: A Gazeta

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