Estupros fazem Índia rever segurança para mulheres que trabalham até tarde
Pelas novas regras, empresas de telemarketing, corporações e organizações de mídia terão que deixar as funcionárias na porta de suas casas no final do expediente.
A divulgação da estratégia de proteção aconteceu depois do estupro de uma funcionária de "call center" (central de atendimento por telefone) há duas semanas.
A mulher, de 30 anos, foi atacada nas primeiras horas do dia, depois que um táxi a deixou perto de sua casa no sul da capital indiana.
Ela disse à polícia que foi sequestrada por homens em uma caminhonete, que a estupraram. Uma colega conseguiu escapar.
Cinco homens foram presos em conexão com o ataque.
BATIDAS EM TÁXIS
O correspondente da BBC em Déli, Mark Dummet, disse que, a partir de agora, as mulheres não poderão ser deixadas sozinhas com motoristas. Guardas deverão acompanhá-las até suas casas.
Além disso, os táxis terão que ser equipados com GPS. Motoristas e empresas que ignorarem as medidas podem ser indiciadas formalmente.
"Nossas vans de controle policial farão batidas nos táxis para saber se eles estão seguindo as normas", disse o porta-voz da polícia Rajan Bhagat ao jornal The Hindustan Times.
"As funcionárias também podem reclamar diretamente conosco", disse.
Madhu Chandra, que tem um serviço de atendimento para mulheres que tenham sido vítimas de estupro, comemorou as novas regras, mas disse que elas deveriam ser estendidas também a funcionárias do governo e estudantes.
Os call centers de Nova Déli e de suas cidades-satélite, centros da indústria de tecnologia da informação, empregam centenas de mulheres.
A capital indiana tem um dos maiores índices de crime contra as mulheres no país. Segundo a polícia, 402 casos de estupro já foram contabilizados neste ano.
Comentários