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Esportes
Sábado - 11 de Dezembro de 2010 às 08:45

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O ex-coordenador do futebol de base do Grêmio, José Alzir Flor da Silva, está sendo investigado pelo Ministério Público por pedofilia. A denúncia foi revelada após o caso começar a ser apreciado pela Vara de Infância de Juventude de Porto Alegre. José Alzir, que durante 25 anos trabalhou no clube, passou a ser julgado pelos crimes de assédio sexual, maus-tratos e coação.

As investigações tiveram início após a participação das categorias de base Grêmio em um torneio no interior gaúcho. Segundo testemunhas, José Alzir Flor da Silva teria ficado no mesmo dormitório que os meninos, onde teria se valido de sua condição para abusos e maus-tratos. Após cerca de um ano de apuração, os promotores concluíram que o ex-profissional do clube gaúcho é o responsável pelos crimes cometidos.

– As crianças e os adolescentes estavam alojados e ele se utilizava dessa proximidade, desse acesso e até basicamente da condição de superior dentro da função que exercia. Isso sem dúvida facilitou a prática dos fatos – salientou o promotor Alexandre Spizzirri, em entrevista ao "Jornal da Globo".

Foram constatados abusos contra três meninos da base gremista, com idades entre 11 a 13 anos, mas a suspeita é que mais casos venham a ser comprovados.

– A gente sabe que não é incomum que ocorram fatos envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes em situação de futebol. Pelo período que essa pessoa trabalhou dentro da instituição e sabemos que a situação de pedofilia não surge de uma hora para outra. Ela vai crescendo e evoluindo com o tempo – frisou a promotora Denise Casanova Vilella.

Todos os casos apurados até o momento são de 2008 e 2009. Segundo a promotoria, José Alzir teria cometido abusos nos alojamentos do estádio Olímpico, onde moram cerca de 80 meninos do interior e de fora do Rio Grande do Sul.

O presidente do Grêmio, Duda Kroeff, que demitira o ex-coordenador, ressaltou que os futuros craques gremistas estão agora “blindados” e que toda a estrutura foi colocada em prática para preservá-los.

- Considero o caso gravíssimo. Lamento profundamente. As categorias de base são um setor sagrado aqui no Grêmio. Mas acho difícil isso acontecer. Eles (os meninos) estão altamente protegidos. Eu me interessei muito após isso, para ver como funciona tudo. Verifiquei pessoalmente e vi que a estrutura é muito boa – disse o dirigente.
 

 






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