"Há um sentimento generalizado de que, hoje, o nível de preços é confortável para produtores e consumidores", estimou o ministro equatoriano de Recursos Não Renováveis, Wilson Pastor, na abertura da reunião ministerial.
Nesta semana, os preços do barril superaram brevemente os 90 dólares pela primeira vez desde 2008. Na sexta-feira, ante a perspectiva da reunião ministerial de Quito, o petróleo caiu e fechou em 87,79 dólares em Nova York.
Para o resonsável do Equador, que neste sábado entregará a presidência rotativa da OPEP ao Irã, na organização há mais "otimismo" que na última reunião, realizada em outubro passado.
"Os fundamentos do mercado são bons, o mercado está equilibrado agora", resumiu aos jornalistas o ministro saudita do Petróleo, Ali Al Nuaimi.
Para o ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Al-Hamli, a OPEP tem a certeza de que "o mercado está bem abastecido e a economia está se recuperando".
"Por isso, os preços estão reagindo a este sentimento do mercado (...). Os crescentes preços são mais um reflexo da especulação e do preço do dólar que dos fundamentos do mercado", disse.
Para o ministro venezuelano de Energia e Petróleo, Rafael Ramirez, os preços atuais do barril se aproximam do valor considerado "justo" para o país, que é de 100 dólares.
"Acreditamos que o impulso do preço é orientado pelo que consideramos justo, que são 100 dólares o barril e que se constrói gradualmente, tanto com base nas decisões de corte tomadas pela OPEP em 2008, quanto na lenta recuperação da economia mundial", disse à AFP.
"Mas não devemos aumentar a produção enquanto os fundamentos do mercado estão bem. Portanto, não acreditamos que haja qualquer mudança neste sábado", acrescentou.
As quotas de produção estão situadas em 24,84 milhões de barris por dia desde 2008.
bl/ma
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