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Internacional
Domingo - 12 de Dezembro de 2010 às 23:30

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As chances de o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, sobreviver a um voto de confiança no Parlamento estão na corda-bamba, segundo analistas políticos, que dizem que a decisão pode ficar por apenas um voto.

O empresário de 74 anos passou um de seus anos mais difíceis em 2010, um "annus horribilis" de escândalos e brigas que enfraqueceram a liderança do primeiro-ministro e deixaram seu governo de centro-direita em desordem.

Um desentendimento com um grupo do ex-aliado Gianfranco Fini em julho custou a Berlusconi a maioria no Parlamento e depois de meses de impasse, um pleito na Casa capaz de derrubar o primeiro-ministro pode acabar sendo decidido por apenas um ou dois votos na terça-feira.

Se Berlusconi perder em qualquer uma das duas câmaras do Parlamento, ele terá de renunciar. Nesse caso ou o presidente Giorgio Napolitano indicará novo primeiro-ministro ou haverá novas eleições, que não eram esperadas antes de 2013.

Berlusconi tem feito uma campanha de promessas para atrair parlamentares indecisos e o governo está cada vez mais confiante de que conseguirá vencer.

"Estou otimista", disse à Sky News Roberto Cota, governador de Piemonte e uma figura importante na coalizão de Berlusconi, a Liga do Norte.

Analistas políticos diziam no domingo que Berlusconi pode conseguir 314 votos contra 313 da oposição. Contudo, o resultado continua incerto e pode depender de uma mudança de opinião no último minuto de um ou dois deputados ou de fatores externos como a presença de três parlamentares que estão grávidas.

Fini declarou num programa televisivo no domingo que mesmo que Berlusconi se mantenha no poder ele estará condenado à impotência.

"Se o voto não derrubar Berlusconi, teremos um governo que está apenas tentando sobreviver", disse ele à TV RAI. "Isso não é estabilidade, é estado vegetativo."

O voto de confiança será observado cuidadosamente por investidores que estão em alerta vermelho com a zona do euro e que podem voltar-se contra a Itália, um dos países mais endividados de toda a Europa, se a situação política ameaçar a estabilidade financeira. 






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