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Política
Segunda - 13 de Dezembro de 2010 às 11:11
Por: Patrícia Sanches

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Um escândalo envolvendo assinatura de uma falsa declaração que culminou na liberação de R$ 4,7 milhões em convênios, sem licitação, para uma assessora da senadora Serys Marly (PT), deixou a parlamentar numa “saia-justa” e colocou em xeque a atuação dela no Senado. Diante da situação delicada, a petista já anunciou a exoneração da servidora.

A informação de que a assessora Liane Maria Muhlenberg foi beneficiada por um procedimento escuso e irregular caiu como uma bomba no Senado, principalmente porque Serys assumiu na semana passada a relatoria do Orçamento Geral da União. Ocorre que a parlamentar assumiu a função justamente após a renúncia do ex-relator Gim Argello (PTB-DF), que entregou a função após uma série de denúncias que revelavam a ligação de emendas orçamentárias dele com institutos fantasmas e empresas em nome de laranjas.

Conforme denúncia da Folha de S. Paulo, Liane, que atua no parlamento federal desde 2007, teria assinado uma declaração falsa de que não trabalha no Senado. De posse do documento ela conseguiu recursos oriundos de emendas de parlamentares do PT, que são destinados a shows e eventos culturais.

Liane é presidente do Instituto de Pesquisa e Ação Modular (Ipam). Em 9 de agosto deste ano ela foi transferida do gabinete da petista para a segunda-vice presidência do Senado, que é dirigida por Serys. “Nunca apresentei emendas e não fiz nenhuma gestão para liberação de recursos para este Instituto. Desconhecia a entidade, bem como desconhecia a posição desta servidora dentro da entidade”, garante a senadora.

Segundo levantamentos, a entidade da assessora de Serys foi beneficiada no ano passado com R$ 900 mil do erário. Neste ano já foi liberado R$ 1,5 milhão e outros R$ 2,3 milhões estão empenhados. Todos os convênios são voltados a eventos culturais e turísticos, sem necessidade de concorrência pública. “Se existirem irregularidades por parte desta entidade ou desta funcionária, elas devem ser analisadas pelo Tribunal de Contas e órgãos competentes. A funcionária já foi exonerada”, assevera Serys.





Fonte: RD News

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