A afirmação foi feita pelo atual ministro da agricultura Wagner Rossi, que continuará no cargo no próximo governo.
Ministro afirma que Apropecuária terá mais crédito no governo Dilma
A reestruturação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá envolver medidas de médio e longo prazos, incluindo "mais oferta de crédito para a agropecuária", como ocorre na área agrícola. A afirmação foi feita hoje pelo atual ministro da agricultura, Wagner Rossi, confirmado na pasta pela presidente eleita, Dilma Rousseff.
Segundo Rossi, a escassez de crédito foi responsável pelo abate de matrizes do gado bovino em 2005, cujos efeitos estão sendo sentidos agora, com o aumento do preço da carne.
Ele disse ainda que o Ministério da Agricultura também deve compatibilizar a política de importação de produtos agrícolas com a produção interna, só comprando do exterior quando tiver necessidade na entressafra. Inicialmente, é o que será feito com o trigo.
Rossi garantiu que, nesse processo de modernização da pasta, haverá resposta para "uma reclamação permanente" dos produtores sobre o tempo que leva para o registro de produtos, e a redução de problemas na área da certificação, com a diminuição da burocracia. "Um tema atualíssimo, que agrega valor", afirmou.
As estatais ligadas à pasta, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), poderão ser afetadas pela política de reformulação do ministério. No entanto, disse Rossi, "elas têm capacidade de resposta e de adaptação mais rápida para conciliar problemas na sua área" e não estão "tão defasadas" quanto o ministério.
Na entrevista, o ministro comentou também o texto do novo Código Florestal, que está em tramitação na Câmara. Rossi dá "nota 10" ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas ressalta que o texto ainda pode sofrer alterações. Para ele, o código não será votado neste ano, devendo entrar, em regime de urgência, no início dos trabalhos legislativos em 2011.
De acordo com o ministro, o texto não favorece aumento do desmatamento, nem a redução da área dos biomas, e dá segurança jurídica ao produtor, com mudanças compatíveis com a realidade, para aumento da produção de alimentos com a preservação do meio ambiente.
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