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Política
Terça - 14 de Dezembro de 2010 às 07:19

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A senadora Serys Slhessarenko (PT) enfrenta onda de resistência no Congresso Nacional, formada por partidos da oposição como o PPS e o PSDB, que visam assegurar sua saída da relatoria do Orçamento Geral da União (OGU) para 2011. Ontem, após tomar conhecimento da denúncia contra uma assessora da parlamentar, o presidente da direção nacional do PPS, Roberto Freire, pediu o afastamento da parlamentar da relatoria da peça orçamentária.

O PPS também teve atuação firme para a queda do senador Gim Argello (PTB)-DF) da relatoria da matéria. No início deste mês ele entregou o cargo após ter seu nome envolvido em acusação de desvio de verbas para institutos fantasmas. Ele negou o envolvimento, mas a pressão sofrida no Congresso deixou o parlamentar no mínimo em saia-justa. A senadora Ideli Salvati (PT-SC) foi o nome apontado para ocupar a função, mas sua indicação para a próxima equipe de governo abriu para Serys espaço para assumir o posto.

Freire destacou ontem, em entrevista ao Diário, por telefone, que mesmo que a parlamentar não esteja envolvida com o caso é de bom tom que deixe a função. “É para não contaminar. Nada em relação à senadora, mas infelizmente seu gabinete está ligado diretamente ao caso. Seria bom que ela não participasse da relatoria”, disse. Ele lembrou que sua posição, enquanto presidente da Executiva nacional do PPS, exige uma postura em relação ao episódio. Disse mais ao chamar a atenção para a cobrança feita pela população brasileira a respeito de se confiar na escolha do relator da peça orçamentária. “É uma posição que exige transparência, porque o orçamento é algo extremamente importante. Não estou dizendo que a senadora tem algo a ver com o caso. Mas é fato que sua assessora está de alguma forma relacionada a denúncia”, enfatizou.

Os contatos entre líderes da oposição deverão ser retomados hoje. Ontem, Freire manteve conversa com o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Segundo o presidente do PPS, a posição de Dias também é de que Serys deve se afastar da relatoria do OGU. Com a posição de Freire, a bancada do PPS deverá se organizar no Congresso para, junto com os partidos da oposição, solicitar o afastamento da senadora da função.

“Além do mais, essa acusação envolve crime de falsidade ideológica nesse escândalo de desvio de recursos”, disparou Freire ao se referir à assessora de Serys, Liane Muhlemberg. Para garantir facilitação para o repasse de recursos para o Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização (Ipam), via emendas, Liane assinou documento no qual negou ter vínculo empregatício com o Congresso Nacional.






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