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Cidades
Sábado - 28 de Setembro de 2013 às 06:55

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A manhã de atividades do 15º Congresso Estadual do Sintep/MT reuniu mais de 1, 5 mil pessoas no Hotel Fazenda Mato Grosso. O evento que está sendo realizado desde a noite desta quinta-feira (26) debateu temas relacionados a manifestações populares, além de fazer um panorama da situação dos educadores no Estado.

A abertura dos trabalhos contou com a apresentação cultural dos alunos da Escola Estadual Nadir de Oliveira de Várzea Grande. O siriri, dança tradicionalmente conhecida pelos mato-grossenses, foi o ritmo escolhido pelos 14 estudantes que encantaram a plateia.

No segundo momento, foi realizada a leitura, os encaminhamentos e a aprovação do regimento do congresso, que foi aprovado de forma unânime.

Logo em seguida, o editor da Revista Fórum, jornalista Renato Rovai, abordou as recentes manifestações e lembrou outras que precederam o atual momento, como é o caso do protesto realizado em Seattle em 1999, em que jovens se posicionaram contrários ao encontro da Organização Mundial do Comércio, e o primeiro Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre (RS) em 2001.

Além disso, Rovai falou do papel da internet e das mídias sociais na articulação desses movimentos e do surgimento de mídias alternativas. “Esses movimentos não estão sendo mediados apenas pelos meios tradicionais de comunicação. Cada vez mais, pessoas como eu e você nos tornamos grandes produtores de conteúdo”, destacou o palestrante.

Ainda sobre a internet, o jornalista comentou a transição deste novo meio de comunicação, que passa de uma ferramenta de liberdade para se tornar uma ferramenta de controle de informação. E apontou esse mesmo problema dentro do espaço educacional. “A escola também está sob ataque. Ela deixou de ser um espaço de aprendizado para se tornar um local de controle e disciplina”, ressaltou Renato Rovai.
Por fim, o secretário de Articulação Sindical do Sintep/MT, Júlio César Viana, apresentou a situação de Mato Grosso frente às necessidades de investimentos em educação. “O grande impasse neste momento não é a falta de recursos para a educação, mas sim o desvio desses recursos para outras finalidades”, disse Júlio.

E completou: “Vivemos hoje um cenário de depreciação e nossa greve é o momento de desvelar essa situação. Somos educadores, sim, mas educadores da sociedade”.
 





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