Dirigente do São Paulo critica CBF por unificar títulos nacionais
O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não gostou da decisão da CBF de unificar os títulos nacionais (igualar a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro).
A decisão de equiparar os títulos de campeão brasileiro aos conquistados entre 1959 e 1970 ainda não recebeu a chancela pública da CBF, mas a entidade já comunicou a decisão --positiva-- aos organizadores do projeto, conforme revelou o coordenador-geral da iniciativa, José Carlos Peres.
Nesta terça-feira, o dirigente são-paulino criticou a entidade pela decisão e colocou em questão a idoneidade da confederação brasileira.
"Em primeiro lugar, não interessa ao São Paulo ser o primeiro ou não. Temos noção do que ganhamos. Não ganhamos nada de presente de ninguém. Nossas conquistas são indiscutíveis. Essa manobra mostra a forma precária como é dirigido o futebol brasileiro. Isso tira a credibilidade do futebol e da entidade que o dirige. Cada hora tem uma novidade", disse Leco, em entrevista à rádio Globo.
Com a decisão, o São Paulo, dono de seis títulos brasileiros, foi ultrapassado por Santos e Palmeiras, cada um com oito conquistas nacionais. Pelas conquistas (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008), o clube do Morumbi era considerado, ao lado do Flamengo, o maior vencedor da competição. A CBF não reconhece o título de 1987 do time carioca.
Até por isso, o cartola levantou a suspeita de que a decisão tenha sido uma retaliação ao São Paulo, em guerra com a entidade desde a última eleição para a presidência do Clube dos 13. Na ocasião, o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, não deu apoio a Kléber Leite, candidato de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
"Claro que não é coincidência. É tudo resultado de manobras, revides, formas de poder. Clubes que ousam contrariar status. Felizmente tem gente que reage, se coloca", completou.
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