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Polícia
Quarta - 15 de Dezembro de 2010 às 08:39

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Cinco das 15 mulheres executadas este ano na Grande Cuiabá tinham algum envolvimento com o uso ou tráfico de drogas. É o que mostram os números da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga os assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande. A última vítima foi a manicure Amélia Brígida de Almeida, 32, que foi encontrada seminua em um matagal ao final da avenida Jaime Campos, no bairro Novo Paraíso, na Capital. Segundo um irmão da vítima, ela foi vista pela última vez na manhã do domingo (12), quando disse que iria para a casa de uma amiga. O corpo foi localizado por volta das 13h30 de segunda-feira.

Uma das hipóteses é de que a vítima tenha sido morta a pedradas. A necropsia vai confirmar se ela foi ou não vítima de abuso sexual, informou o delegado Fausto Silva, adjunto da DHPP. O fato da vítima ser usuária de drogas foi confirmado por familiares à Polícia.

Segundo o delegado Márcio Pieroni, titular da DHPP, é cada vez mais preocupante o aumento dos assassinatos de mulheres motivados pelas drogas. Das 15 mortes este ano, praticamente um terço está relacionado ao tráfico e 9 são passionais (movidos pela paixão), enquanto um ainda não foi elucidado.

As mulheres cada vez mais estão sendo arregimentadas pelos traficantes, que apostam na maior facilidade que elas têm para vender o entorpecente. Na opinião de Pieroni, elas são "mulas" mais confiáveis, mas por outro lado mais frágeis. Muitas das mortes, acredita, são por falta de prestação de contas ao traficantes ou até por suspeita de que elas tenham delatado os fornecedores.

Em setembro, no bairro Ouro Verde, em Várzea Grande, a cozinheira Ozana Borges Bessa Paes, 39, foi executada com 2 tiros na cabeça enquanto dormia ao lado do companheiro João Batista de Campos, 33, atingido por 2 disparos. O casal morava em um local que era apontado como ponto de encontro para uso e vendas de drogas.

Também em Várzea Grande, Kauana da Conceição Sigarine, 21, moradora do bairro 13 de Setembro, foi atingida a tiros e pedradas. O corpo foi abandonado próximo a um posto de combustível e, ao ser preso, o autor do crime, Romário Silvério de Lima, 20, disse que o crime teria sido uma encomenda de um traficante que foi preso e acreditava ter sido delatado por Kauana.




Fonte: A Gazeta

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