Rafael Sobis deixou a academia e caminhou ao lado da piscina do hotel do Inter. Foi abordado por um torcedor. Em vez de críticas, recebeu incentivo: batidas no peito, frases de apoio. Ele se afastou um pouco para o lado, sentou em uma cadeira e chorou. Chorou os gols perdidos na noite anterior, chorou a eliminação para o Mazembe, chorou a decepção do sonho despedaçado.
Foram lágrimas que resumiram o abatimento que toma conta do elenco vermelho após a eliminação nas semifinais do Mundial de Clubes. A maioria do elenco passou a noite sem pregar o olho. Não conseguiu tirar da memória a dor da eliminação.
- Noite? Que noite? – disse Alecsandro.
A dor bate forte. Tinga, um dos jogadores mais identificados com o clube, teve uma noite para esquecer.
- Acredito que ninguém conseguiu dormir. A gente fica vendo o jogo de novo, pensando no que poderia ter sido feito. No futebol, quando ficamos vendo as coisas depois, é porque não deu certo. Foi horrível. Estou triste demais – disse o meia.
A expressão dos jogadores era de total apatia. Eles caminharam em silêncio pelo hotel, com o rosto fechado, sem sorrisos. Carregavam a derrota na cara.
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