Deputado foi convidado pelo governador Silval
Henry será diplomado, mas aceita secretaria
O deputado federal Pedro Henry (PP) será secretário de Estado de Saúde a partir de janeiro de 2011 e administrará orçamento de R$ 925,1 milhões. Com isso, o pecuarista e empresário da comunicação, Roberto Dorner, assume a vaga na Câmara Federal. A nomeação ficou acertada ontem após uma reunião feita em Brasília que durou pouco mais de uma hora. O governador Silval Barbosa (PMDB) sustentou que precisava de alguém com perfil político e técnico para avançar no setor que considera mais deficiente em Mato Grosso, o que levou a necessidade de recorrer ao parlamentar que é graduado em Medicina.
"Não poderia recusar este convite diante do desafio que foi proposto. O governador Silval Barbosa destacou que pesquisas revelam a necessidade de tratamento prioritário a saúde e pelo bom trânsito político que mantenho em Brasília e pelo conhecimento técnico posso gerar políticas públicas de resultado", revelou Henry.
O progressista elenca que assume a Secretaria de Saúde para quebrar o que classifica de três paradigmas. "Primeiro, se tem a ideia de que médico não sabe administrar a saúde e vou provar o contrário. Segundo, se imagina que político não sabe tomar medidas drásticas e impopulares e, terceiro, vamos quebrar a ideia de que a saúde não tem compromisso com servidores. Pode ter a certeza de que vou trabalhar pela valorização dos funcionários para atingir resultados".
Com a experiência de quatro mandatos de deputado federal, Pedro Henry promete construir um trabalho em conjunto com a Assembleia Legislativa, Ministério Público e Judiciário para viabilizar políticas públicas que possam gerar resultados nos municípios mato-grossenses.
"Não há planejamento que resista se ficarmos expostos a decisões jurídicas que quebram todo plano de trabalho e ação da Secretária de Saúde. Tenho a consciência de que sozinho não conseguirei resolver problemas, mas medidas em conjunto com setores estratégicos da sociedade é o melhor caminho".
Com base eleitoral em Cáceres, Henry é réu no processo do mensalão que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2006, a Procuradoria Geral da República denunciou-o formalmente pela suspeita de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva no suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares para votação favorável aos projetos do governo federal, mas nada está provado oficialmente. Ontem o TSE derrubou a decisão que considerava "ficha-suja", garantindo sua reeleição para o quinto mandato de deputado federal.
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