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Polícia
Quinta - 16 de Dezembro de 2010 às 17:36

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Dois ex-seguranças de uma fazenda invadida em 1996 pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foram absolvidos da acusação de assassinato de dois membros da organização camponesa no Paraná.

O resultado do julgamento foi conhecido na noite de quarta-feira (15) após dois dias de sessão. Os jurados decidiram por quatro votos a dois pela absolvição de Antoninho Valdecir Somensi, 57, e por quatro votos a um inocentar Jorge Dobinski da Silva, 69. O júri alegou falta de provas para condená-los.

Eles foram acusados pelo Ministério Público Estadual pelo assassinato dos sem-terra Vanderlei das Neves, 16, e José Alves dos Santos, 34, mortos a tiros enquanto trabalhavam numa lavoura de milho.

No tiroteio, outros quatro sem-terra também foram feridos a tiros.

Os baleados faziam parte de cerca de 3.000 famílias ligadas ao MST que protagonizaram, em abril de 1996, a maior invasão de terra do país na fazenda Pinhal Ralo, em Rio Bonito do Iguaçu (379 km de Curitiba), então pertencente à empresa madeireira Giacomet Marodin.

O MST reivindicou na época que a invasão foi organizada porque a terra era grilada. Atualmente, após desapropriações, a União recuperou grande parte da área, onde foram instalados assentamentos rurais.

Diante do resultado do julgamento, a ONG Terra de Direitos anunciou que estuda levar o caso à apreciação da OEA (Organização dos Estados Americanos), que mantém uma corte internacional de direitos humanos para julgar casos de impunidade e cobrar medidas indenizatórias e punitivas dos países membros da entidade. 






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