FMI anuncia desembolso de 2,5 bilhões de euros à Grécia
O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta sexta-feira (17) um terceiro desembolso de 2,5 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) dentro do pacote de resgate à Grécia, e elogiou o governo do país pelo início de "difíceis e ambiciosas reformas estruturais".
Ainda assim, o FMI "vê pressões no setor público e sentimentos desfavoráveis nos investidores".
Por isso, a instituição financeira assinalou que "são essenciais reformas exaustivas e oportunas para garantir o crescimento renovado e uma dinâmica sustentável na dívida pública, protegendo os grupos mais vulneráveis".
Com o novo desembolso, a contribuição total da entidade ao plano internacional de ajuda à Grécia chega a 10,78 bilhões de euros (US$ 14 bilhões).
O Conselho Executivo do FMI, que representa 24 países e grupos de nações, apresentou os detalhes em um comunicado distribuído após a conclusão de sua segunda revisão sobre a forma como o governo grego aplica o programa. Pelo plano, o fundo cederá 30 bilhões de euros (US$ 38 bilhões) ao longo de 3 anos.
O plano de empréstimos à Grécia faz parte de um acordo pelo qual o organismo internacional e a zona do euro concederão 110 bilhões de euros (US$ 140 bilhões) ao país até 2012.
"O fortalecimento do sistema tributário e a gestão das finanças públicas também são prioridades", assegurou o FMI.
O organismo também solicitou "planos globais de reforma nas empresas estatais e no sistema de saúde".
Por último, o FMI acenou com a possibilidade de transformar o empréstimo em um Serviço Ampliado do Fundo (EFF, na sigla em inglês), que "tem um período de pagamento mais amplo, se houver um acordo com a União Europeia e os Governos europeus para uma extensão paralela de seus respectivos empréstimos".
Em uma visita de inspeção em novembro, representantes do FMI e da União Europeia lembraram que a Grécia deve reduzir seu deficit a 7,5% em 2011. O índice terminará 2010 em 15,4%.
As autoridades gregas se comprometeram a reduzir o deficit fiscal em 30 bilhões de euros em cinco anos, dos 36 bilhões em 2009 para os 6 bilhões de euros em 2014.
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