O governador eleito do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), foi diplomado na noite desta sexta-feira, em Porto Alegre. Ao comentar a transição de governo, que o petista recebe das mãos da tucana Yeda Crusius (PSDB), Tarso disse que existem divergências políticas e administrativas, consideradas normais para uma mudança desse tipo.
"Estou muito feliz. Nosso secretariado está formado e estamos preparados para começar um trabalho muito forte a partir do dia 1º de janeiro", afirmou. "A transição está normal, é claro que existem divergências em relação a questões político-administrativas, mas não há nenhum sobressalto em relação à transição", disse.
Ao receber o documento durante a cerimônia, o petista foi ovacionado por partidários que lotaram o salão de atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Outros políticos que receberam apoio do público foram o senador petista Paulo Paim e a deputada federal Maria do Rosário, que deixou o palco da solenidade sob os gritos de "ministra" proferidos por algumas pessoas na plateia. Ela foi anunciada pelo governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), como a futura chefe da Secretaria de Direitos Humanos.
A cerimônia iniciou por volta das 20h30 e por meia hora foram exibidos, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado, vídeos sobre o pleito de 1945 e outro sobre o uso de urnas biométricas na cidade de Canoas, a primeira a implantar o sistema.
Tarso Genro venceu a disputa pelo cargo no primeiro turno, com 54,35% dos votos válidos, e realizou uma conquista histórica. Nunca, desde a Constituição de 1988, uma eleição para o governo no Estado se encerrou no primeiro turno.
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