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Saúde
Sábado - 18 de Dezembro de 2010 às 08:18

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Quase a metade dos homens que procuram atendimento em saúde tem queixas de impotência sexual, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia.

A entidade acaba de divulgar dados de uma caravana que fez por 22 cidades, em 13 Estados. Foram atendidos 9.982 homens, sendo que mais de 80% tinham mais de 46 anos. Do total, 44% disseram já ter tido o problema.

Os atendimentos aconteceram entre março e setembro deste ano. A unidade tinha médicos e psicólogos que faziam uma consulta clínica tradicional e, se necessário, testes urológicos.

De acordo com Modesto Jacobino, presidente da sociedade, a incidência de impotência surpreendeu.

"É um dado preocupante. O problema ainda é visto como algo secundário, de origem psicológica. Mas há outras doenças relacionadas."

Para acontecer a ereção, além do fator psicológico, são necessárias atividades neurológica, hormonal e vascular. A dificuldade de ereção pode ser consequência de problemas vasculares e metabólicos.

Do total de atendidos, 56% tinham hipertensão e 19%, diabetes. Dos que se queixaram de impotência, metade tinha mais de 60 anos.

"O envelhecimento é a principal causa. Há perda progressiva das funções fisiológicas do organismo e, além disso, o aparecimento conjunto dessas doenças", diz João Schiavini, urologista e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Muitas consequências de hipertensão e diabetes são irreversíveis e progressivas. Quando a dificuldade de ereção surge, pode ser que a aterosclerose (entupimento de artérias) já esteja avançada.

Para Jacobino, a impotência pode ser um jeito de atrair os homens para o médico. "Muitas vezes, ao tratar pressão alta e diabetes, já melhoramos a função sexual", diz.

VIAGRA SEM PRESCRIÇÃO

No levantamento, 22% dos homens já tomaram remédios contra impotência, mais da metade sem prescrição.

Apesar serem vendidos sem receita, esses remédios têm efeitos colaterais e não são eficazes em todos os casos. Podem causar dores de cabeça, vermelhidão na face e visão dupla.

"Pessoas com doenças cardíacas graves não podem tomar o remédio. Para diabéticos, a eficácia é de 30% a 40%", afirma Carlos Márcio Nóbrega de Jesus que é urologista e também professor da Universidade Estadual Paulista. 






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