Belarus vai às urnas com Lukashenko como favorito
No sábado, a oposição denunciou fraudes e pediu a anulação do pleito.
"Esta eleição não é livre, nem legítima", declarou Vladimir Nekliaev, durante coletiva em Minsk, ao lado de Andrei Sannikov, dois dos principais candidatos da oposição, que convocaram uma manifestação no centro de Minsk após o encerramento das eleições.
Eles acusaram, em particular, o regime de Lukashenko de abusar do sistema de votação por antecipação e de substituir discretamente os votos dos eleitores que não votaram a favor do presidente em fim de mandato.
Os eleitores tiveram a chance de votar antecipadamente.
Cerca de 18% do eleitorado votou neste sistema, informou no sábado a Comissão Eleitoral.
Mas o chefe de Estado apontou a maior liberdade da atual campanha eleitoral, com o objetivo de obter das potências ocidentais, em particular a União Europeia, uma avaliação de legitimidade da votação, segundo o líder do movimento de oposição "Pela Liberdade", Alexander Milinkievich.
Lukashenko tenta mais uma reeleição nesta antiga república soviética de 10 milhões de habitantes contra um número recorde de nove adversários.
Eleito para um mandato de cinco anos em 1994, o presidente modificou, por meio de um referendo, a Constituição em 1996 para aumentar seu mandato a sete anos, até 2001, quando foi reeleito com 75,6% dos votos.
Após uma nova reforma, voltou a ser reeleito em 2006 com 83% dos votos, em uma votação criticada pelas potências ocidentais, que lamentaram os atos de violência.
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