Novo presidente do Mixto será eleito esta noite
A chamada "oposição" a atual gestão do Mixto deve apresentar uma chapa pronta na noite de hoje para concorrer a eleição no clube, marcada para às 19 horas, no auditório no ginásio Aecim Tocantins. Desta vez, apenas os conselheiros devem ter acesso ao local e os torcedores não poderão se manifestar.
A articulação da nova chapa foi feita pelo radialista Rosenil Luiz, que pretendia apresentar o nome do empresário Hamed Leite Mussa, proprietário de um posto de combustível em Cuiabá. Mas essa tentativa parece que também não deu certo. "Eu não tenho como presidir o Mixto; estamos prontos para ajudar, mas não como presidente", descartou Hamed, na tarde de ontem.
Enquanto o presidente do Conselho Deliberativo do clube Hélio Machado, quebrava a cabeça em busca de um nome para suceder Márcio Pardal, o ex-presidente Fabinho Pinto comanda o que sobrou do time, num amistoso, ontem a tarde na cidade Alto Paraguai.
Alheio a mobilização da oposição, Fabinho é um dos nomes que conta com a simpatia do conselho, mas não de patrocinadores. Uma das empresas que já demonstraram interesse em bancar o clube, querem um nome de peso na presidência e no comando técnico. Caso Fabinho seja presidente, o técnico será Arildo Berdun; mas, se outra diretoria for eleita nesta segunda-feira, nem Orlando Craici estará presente.
A semana foi tensa, afinal, depois de duas tentativas frustradas, ninguém se apresentou para assumir o clube, e, motivou para a negativa não faltam: "O Mixto tem cerca de R$ 300 mil em dívidas trabalhistas e deve três folhas aos jogadores e a comissão técnica; quem assumir terá esse ônus de cara", alertava Hélio Machado.
Além de pagar as dívidas contraídas pela Afam, o novo presidente terá uma missão espinhosa; pela ordem, ser campeão estadual, disputar a Série D em 2011, ser campeão ou vice e subir para a Série C e, quem sabe, até 2014, estar entre os 20 melhores clubes do País, na Segunda Divisão. Esse era o projeto da Afam, que no entanto esbarrou no desperdício de dinheiro e na falta de conhecimento sobre futebol de seus integrantes.
Em entrevista exclusiva, publicada na edição e ontem de A Gazeta, Eder Moraes garantiu que vai manter o repasse de R$ 100 mil mensais ao clube na temporada 2011, mas também avisou que vai fechar a Afam. A associação criada em 2009, com o objetivo de reconduzir o clube á elite do futebol brasileiro, gastou R$ 5 milhões em dois anos e meio, e nada conquistou.
O certo é que a nova diretoria a ser eleita nesta segunda-feira, independente dos nomes que sejam escolhidos, assume o clube com uma mentalidade totalmente diferente. Hélio Machado defende a valorização das divisões de base e a formação de uma equipe competitiva, mas sem os desperdícios dos antecessores; quem sabe Hélio machado não seja convencido a assumir, afinal, antes da eleição que acontece a noite, ele se reunirá pela manhã com o deputado estadual José Riva.
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