Anvisa suspende importação de fitoterápico emagrecedor
A Anvisa suspendeu a importação da Caralluma Fimbriata, segundo resolução publicada no "Diário Oficial da União" nesta terça-feira. Além de importação, está proibida a fabricação, distribuição, manipulação, comércio e o uso em todo o território nacional.
A medida é diretamente dirigida à população, a quem a Anvisa recomenda que abandone o consumo do produto, cuja composição não foi analisada pela agência e, por isso, são desconhecidos os efeitos adversos que podem trazer à saúde humana.
A primeira ação da Anvisa em relação às falsas alegações do produto de propriedades relacionadas a emagrecimento foi tomada no dia 3 de maio deste ano, com uma publicação que proibia a propaganda de insumos anunciados como "naturais" e com propriedade capazes de acelerar a perda de peso, entre eles a Caralluma Fimbriata.
As formulações que contêm Caralluma Fimbriata serão isoladas pelos fiscais em embalagens que ficarão lacradas até que a agência conclua o processo administrativo sobre a presença dessa substância no mercado brasileiro.
ORIGEM DESCONHECIDA
O fitoterápico é superpopular na internet, onde promete o fim da compulsão alimentar e 11 kg a menos em um mês, entre outras coisas.
Vendido como "Caralluma Actives", na embalagem há o endereço de um site em inglês e um folheto explicativo: tomar uma cápsula 30 minutos antes das refeições.
O responsável pelo site da Caralluma Actives no Brasil é o empresário Thales Prado. A marca é anunciada na rede com fotos de celebridades que teriam usado a fórmula.
A única forma autorizada do produto é a manipulada, que só pode ser vendida por farmácias registradas na vigilância sanitária e com prescrição de um profissional habilitado.
A matéria-prima do fitoterápico manipulado no Brasil é importada. A empresa Pharma Nostra é uma das importadoras e vende para cerca de 7.000 farmácias de manipulação. Segundo a empresa, o produto vem de "fornecedores credenciados e qualificados, de países que produzem o ativo vegetal".
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