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Política
Quinta - 23 de Dezembro de 2010 às 01:06

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O procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, determinou a instauração de procedimento investigatório para esclarecer sobre o envolvimento ou não do ex-governador Blairo Maggi (PR) nas denúncias de supostas irregularidades na aquisição de maquinários. O trabalho será conduzido pelo coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originárias (Naco), procurador de Justiça Hélio Fredolino Faust.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, informações encaminhadas à PGJ pela Promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, que está analisando o inquérito policial realizado pela Delegacia Fazendária sobre o assunto, apontam para a não participação do ex-governador. No entanto, de acordo com o MPE, para evitar conclusão prematura, foi determinada a realização de investigação mais aprofundada e criteriosa da conduta de Maggi a fim de esclarecer o envolvimento dele ou não nos fatos.

Segundo Ferra, no âmbito cível, o Ministério Público ainda não dispõe de elementos que comprovem a participação do ex-governador. "O documento encaminhado pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público apresenta trechos de declarações alusivas ao à época governador Blairo Maggi, colhidas ao longo dos procedimentos ministeriais, que no entender dos promotores de Justiça, embora sejam insuficientes para comprovar a participação, merecem ser apuradas e investigadas", afirmou.

"À disposição"

Em nota à imprensa, o senador eleito e ex-governador afirma que está à disposição do Ministério Público para quaisquer esclarecimentos acerca do caso que ficou conhecido como "escândalo dos maquinários". Ressalta ainda que tem "total interesse em contribuir com o procedimento investigatório a ser instaurado pela instituição".

Investigação

Duas ações civis públicas por ato de improbidade administrativa e de ressarcimento de danos ao erário já foram propostas em virtude das fraudes cometidas no procedimento licitatório para aquisição de maquinários. Foram acionados os ex-secretários de Estado de Administração, Geraldo Aparecido de Vitto Júnior, e de Infraestrutura, Vilceu Francisco Marcheti, e nove empresas.

No âmbito criminal, a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco explicou que o oferecimento da denúncia depende, necessariamente, da conclusão da análise criteriosa de todo o inquérito que compreende 56 volumes, com aproximadamente 10.800 páginas.

O Ministério Público aguarda também a análise técnica de 20 transferências de sigilos fiscais e bancários. Segundo a promotora de Justiça, muitas informações bancárias requisitadas pelo juízo ainda não foram remetidas pelas instituições bancárias, mesmo com a cobrança efetiva da Promotoria.





Fonte: TVCA

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