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Cidades
Quinta - 23 de Dezembro de 2010 às 08:20
Por: SILVANA RIBAS

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A Gazeta
Pente fino
Pente fino

Adolescentes que cumprem penas no Centro Socioeducativo de Cuiabá, o Complexo Pomeri, se revoltaram com a realização de uma revista "pente fino" na unidade em busca de armas artesanais e comandaram uma revolta que destruiu as paredes de um dos quartos e lançou blocos de concreto e tijolos em policiais militares e funcionários.

Em outra situação, um jovem de 18 anos, que cumpre medida de internação por latrocínio (roubo seguido de morte), fraturou o braço direito de um orientador. Foram 2 incidentes que geraram ocorrências policiais, em ambos os casos 2 rapazes que já possuem 18 anos estavam envolvidos.

  • Mas o novo diretor da unidade, Jorge Henrique do Couto, já avisou que as revistas minuciosas vão continuar. O objetivo é evitar que os internos tenham acesso a materiais que possam se transformar em armas letais. Couto, que assumiu a direção da unidade há 23 dias, disse que a partir de agora será implementada uma nova filosofia e que os adolescentes em conflitos com a lei terão se adequar às novas regras.

    O incidente mais grave aconteceu por volta das 7h de ontem, quando o agente orientador José Nunes dos Santos, 51, teve o braço direito fraturado pelo infrator Claudiney Diniz da Silva, 18, acusado de latrocínio. Ele havia sido transferido duas vezes no dia anterior, para alas diferentes. O acusado era um dos revoltados com a revista que localizou e retirou das alas as armas artesanais (chuços). Ele colocou fogo na cuba de alimentação e tentou fugir e resistiu para ser levado para a contenção. Quando isso era feito, com a ajuda de 3 orientadores, ele fraturou o braço de um deles.

    O primeiro registro foi por volta das 17h de terça-feira, quando o adolescente L.C.M, 17, ao voltar para o quarto depois da revista, arrancou uma barra de ferro de uma grade e passou a destruir parte das paredes do banheiro e do quarto. Incitou outros infratores de outras alas que também passaram a atirar os pedaços de tijolos contra os orientadores e policiais militares que foram acionados. A revolta só foi contida depois que os PMs fizeram disparos com munição antimotim.

    O companheiro de quarto do adolescente, Douglas Fernandes Gama, 18, alega que não teve participação e ainda tentou conter o amigo. Já o adolescente disse que provocou a destruição das paredes da unidade, porque pediu que fossem tirados os "tarados" da ala próxima, o que não foi feito.

     





  • Fonte: A Gazeta

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