Encapuzados, bandidos devem ter estudado local antes de agirem na sede da Sadia
Empresa suspeita de ação de grupo organizado
O Grupo Sadia afirmou, por meio de nota de esclarecimento, que o assalto a caixas eletrônicos instalados na sede da empresa, em Várzea Grande, aparentemente, foi praticado por uma quadrilha organizada, que já vem agindo na região e está sendo investigada pela polícia.
Ao todo, 15 homens armados e encapuzados entraram na Sadia, na madrugada de sábado (25) para domingo (26), renderam e amarraram, dentro do vestiário da empresa, funcionários terceirizados da segurança, que só puderam acionar a polícia após a fuga do grupo.
Na nota de esclarecimento, a empresa informou que não sabe o valor que teria sido levado pelos bandidos e que, dos quatro caixas do HSBC localizados na fábrica, dois foram arrombados. Ninguém foi ferido durante a ação.
Ao MidiaNews, a assessoria da Sadia informou que, supostamente, o grupo sabia da estrutura do prédio e deve ter estudado o sistema de segurança bem antes da ação, já que conduziram tudo com calma.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a Gerência de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso deve receber, ainda hoje, o boletim de ocorrência, para dar prosseguimento as investigações.
Arrombamentos
O arrombamento aos dois caixas eletrônicos do HSBC neste fim de semana, em Várzea Grande, é o 113º em Mato Grosso, neste ano. Com mais de 300 pessoas investigadas, o Estado é o primeiro no ranking nacional de ações deste tipo.
De acordo com estatísticas da Polícia Judiciária Civil, chegam a ocorrer, em apenas uma noite, cinco arrombamentos, consumados ou não, em diversos municípios do Estado.
A ação recorrente chegou a levantar suspeita de que vigilantes estariam participando dos crimes. Para a delegada Ana Feldner, a diminuição no número de arrombamentos no Estado só poderá ocorrer caso haja ações eficazes, com união das forças em todos os municípios, já que os crimes não têm locais definidos.
"É necessário um rigor e um combate eficaz de todas as partes de Mato Grosso. Todos os membros que representam as forças repressivas do Estado têm que se unir para que haja realmente uma ação contra esse crime", disse a delegada.
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