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Polícia
Quarta - 29 de Dezembro de 2010 às 22:47

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O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante anúncio do diretor da PF no governo Dilma,  Leandro Daiello CoimbraO futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
durante anúncio do diretor da PF no governo Dilma,
Leandro Daiello Coimbra (Foto: Fábio Tito/G1)

O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta-feira (29) que o novo diretor da Polícia Federal a partir de 2011 será Leandro Daiello Coimbra, atual superintendente da instituição em São Paulo. Coimbra tem 44 anos e é natural de Porto Alegre.

O atual diretor, Luiz Fernando Corrêa, deixa o cargo após comandar a PF por pouco mais de três anos –ele estava no cargo desde setembro de 2007.

A gestão Corrêa foi marcada por operações polêmicas, como a Satiagraha, que em 2008 resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas. Sobre o atual diretor, Cardozo disse: "Ele me informou que vai se aposentar".

A Polícia Federal tem pessoas altamente qualificadas e vários poderiam efetivamente ocupar a direção-geral. Mas após uma análise, nós submetemos à presidente eleita o nome do Leandro Daiello Coimbra, superintendente [da PF] em São Paulo, que foi convidado e aceitou ser o novo diretor-geral da Polícia Federal"
José Eduardo Cardozo, futuro ministro da Justiça

"A Polícia Federal tem pessoas altamente qualificadas e vários poderiam efetivamente ocupar a direção-geral. Mas após uma análise, nós submetemos à presidente eleita o nome do Leandro Daiello Coimbra, superintendente [da PF] em São Paulo, que foi convidado e aceitou ser o novo diretor-geral da Polícia Federal", disse o ministro.

"Nós queremos que cada vez mais a Polícia Federal tenha esse nível de atuação, sempre investindo nos talentos, nos equipamentos, na formação de pessoal e na gestão, que foi tão bem desenvolvida", declarou Cardozo. Ele aproveitou para elogiar o trabalho feito por Luiz Fernando Corrêa à frente da PF, que ele classificou como "fantástico".

Segundo ele, a PF deve seguir a mesma linha de atuação. "Terá uma linha republicana, competente, eficiente na gestão, e será um braço importante da atuação do Ministério da Justiça no combate ao crime organizado e, obviamente, na segurança pública, que é uma das principais linhas do governo da presidente Dilma Rousseff", declarou.

Sobre as ações contra o narcotráfico no Rio de Janeiro, Cardozo afirmou que as usará como exemplo em sua gestão. "Eu pretendo manter contatos com o governador Sérgio Cabral e com o secretário de segurança pública justamente para que nós possamos aprender com o Rio de Janeiro e, numa ação conjunta e integrada com todos os governadores, efetivamente temos um plano nacional de enfrentamento nessa questão do crime organizado", afirmou.

Plano estratégico
Cardozo afirmou que todas as unidades que começarão suas atividades a partir de 1º de janeiro no novo governo terão que apresentar um plano estratégico de intervenção para os próximos quatro anos.
 

"Eu solicitarei ao novo diretor da PF que apresente um quadro daquilo que tem que ser enfrentado, um plano estratégico de intervenção, que deve ter como linhas mestras a sequência daquilo que vem sendo feito nos últimos oito anos", afirmou.

Segundo ele, a questão das fronteiras é de fundamental importância no combate ao crime organizado e na defesa da segurança pública. "Nossa ideia é aprofundar os trabalhos nessa atuação. Já marquei uma reunião com o ministro Nelson Jobim [Defesa] para a primeira semana de governo para que nós possamos juntos buscar um entendimento entre os dois ministérios nessa questão das fronteiras", declarou o futuro ministro.

"É de fundamental importância que nós mantenhamos diálogo, como vem sendo mantido, com os países de fronteira, para que façamos uma integração das polícias e de políticas que permitam, efetivamente, essa ação de combate ao crime organizado", disse.

Outros cargos
Também foi anunciado que o atual diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Cardoso Derenne, permanecerá no cargo.

Cardozo afirmou que a indicação de apenas uma secretaria do ministério ainda não foi definida, mas se recusou a especificar qual delas e disse que deve fazer um anúncio com os novos nomes possivelmente já nesta quinta-feira (29).

"Todas as demais secretarias e todos os postos já estão definidos. Preciso apenas falar com os atuais ocupantes dos cargos para que isso seja feito de uma forma adequada, senão seria de uma deselegância profunda", explicou.

Cardozo informou que o Ministério da Justiça terá outra secretaria sob seu comando. "A decisão da presidente da República é que a Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) vá para o Ministério da Justiça", afirmou, dizendo ainda que o nome para comandar a secretaria também já está definido mas só deve ser divulgado junto dos outros.

Atualmente, a Senad é subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O futuro ministro também afirmou que Luiz Paulo Barreto, que atualmente comanda a pasta, ocupará o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Cesare Battisti
O futuro ministro também foi questionado sobre a situação do italiano Cesare Battisti, mas disse apenas que a decisão virá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente Lula tomará a decisão nas próximas horas, e tenho certeza que tomará a melhor decisão em relação ao caso", disse.





Fonte: Do G1

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