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Polícia
Quinta - 30 de Dezembro de 2010 às 07:50
Por: Adilson Rosa

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A polícia rodoviária acredita que os “medicamentos” sejam produzidos fábricas de fundo de quintal
A polícia rodoviária acredita que os “medicamentos” sejam produzidos fábricas de fundo de quintal

Policiais rodoviários federais apreenderam ontem uma carga com centenas de frascos de produtos fitoterápicos. Os produtos, que não tinham autorização da Anvisa, eram transportados num Corsa sedan.

A apreensão ocorreu na BR 163, a 30 quilômetros do trevo do Lagarto em direção a Jangada, após os policiais desconfiarem do veículo, cujos pneus estavam baixos, demonstrando levar uma carga além do seu limite. Ao verificar o veículo, descobriram vários frascos e pacotes de produtos sem origem definida do fabricante e do farmacêutico responsável.

O carro era dirigido pelo vendedor Vanderci Natanael de Araújo, de 49 anos, autuado em flagrante pelo crime de comercialização de medicamentos falsificados para fins terapêuticos e medicinais, previsto no artigo 273 do Código Penal. A pena para o crime é alta - de 10 a 15 anos de prisão.

Segundo o inspetor Itamar Barros, do Núcleo de Operações Especiais (NOE), a carga com os medicamentos falsificados saiu do Espírito Santo e seguiria para a cidade de Guarantã do Norte. Ao fazerem a checagem dos frascos, vendidos como suplemento alimentar, os policiais verificaram que no rótulo havia indicações para diversas doenças.

“Havia o nome do farmacêutico responsável e entramos em contato com Espírito Santo. Constatamos que o nome que aparecia era falso. Tudo era falsificado”, explicou. O que chamou a atenção é que em alguns pacotes com erva aparecem nomes de bairros e cidades de Mato Grosso inexistentes.

A quantidade de produtos impressionou os policiais, pois os rótulos traziam uma verdadeira “poção do milagre”, sendo alguns comprimidos a salvação de muitos males, dores em geral. Os policiais frisaram que esses produtos fitoterápicos precisam de autorização para a comercialização.

Os policiais acreditam que os produtos sejam manipulados em fábricas de fundo de quintal sem a menor preocupação com o que está sendo misturado e engarrafado. “No fim, a pessoa compra de boa-fé e pode ficar doente para sempre”, lembrou um policial.

O delegado plantonista Alcindo Rodrigues solicitou a presença de técnicos da Vigilância Sanitária para fazer a apreensão e confirmar a falsificação. “A legislação é rigorosa em relação à falsificação de medicamento, uma vez que pode lesar a saúde muitas pessoas”, observou. Em seu depoimento, o vendedor alegou não saber que os produtos eram irregulares. Acreditava que estava com a documentação em ordem. O Corsa também foi apreendido.






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