A execução ocorreu no início da noite de ontem no Bairro Doutor Fábio
Polícia diz que execução pode ser queima de arquivo
A Polícia Civil começa a ouvir os depoimentos de testemunhas e familiares de Fernando Barbosa Belo, de 39 anos, que foi executado ontem, em sua residência no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. Ele levou pelo menos quatro tiros à queima roupa, disparados por um jovem na faixa dos 20 anos.
Belo foi condenado por participar da morte do empresário Sávio Brandão, em 30 de setembro de 2002. Ele pilotou a moto para Hércules Agostinho, autor dos disparos.
Segundo informações da assessoria de imprensa da polícia, a delegada responsável pelas investigações, Silvia Pauluzi, não descarta a hipótese de que o assassinato de Belo tenha sido "queima de arquivo". Porém, até o momento, com as primeiras informações já apuradas, ela diz que não a queima não seria, necessariamente, referente ao caso do assassinato do Sávio Brandão.
Pelo crime ter ocorrido em uma rua movimentada do bairro, as testemunhas do assassinato, em depoimento, irão ajudar a polícia nas investigações, principalmente nas características dos suspeitos. Sobre o motivo do crime, a delegada diz já ter algumas pistas.
A execução
Segundo o Boletim de Ocorrência, Belo estava na frente da sua residência construindo um muro e tomando cerveja, quando dois homens chegaram anunciando um assalto, um deles vestido com uma camisa listrada, modelo pólo, de cores amarela e preta, com um short jeans, e um boné branco que tampava os olhos, sacou a arma e disparou quatro tiros contra Belo.
Os tiros acertaram várias regiões do corpo da vítima. Mesmo baleado, Belo conseguiu ir andando até a porta de sua casa, quando caiu no chão sem forças.
Após a execução, Belo chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (SAMU), mas não resistiu aos tiros.
Condenado
Fernando Belo foi condenado a 13 anos de prisão pelo homicídio praticado em 2002 e cumpria pena em liberdade condicional desde o início de 2009, quando recebeu um benefício da justiça. Segundo o Ministério Público, Belo foi quem pilotou a moto que levou o assassino até o local do crime.
Após ter sua prisão preventiva decretada, Belo fugiu para a Itália, mas foi capturado e extraditado, chegando ao Brasil em 2004.
O ex-cabo da PM Hércules de Araújo, foi quem executou o empresário, com sete tiros de pistola calibre 380 milímetros, em 30 de setembro de 2002, quando vistoriava a nova sede do jornal, no bairro Consil.
O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro também foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Sávio; ele foi o mandante. Já Hércules, o executor, pegou 18 anos de cadeia.
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