Mato Grosso termina ano com 8% a mais de mortes
O superintendente de Vigilância em Saúde, Oberdan Lira, explica que o crescimento é um reflexo da expansão do vírus tipo 2 no Estado. Em 2009, quando a dengue teve um aumento de 370% nas notificações, a maior incidência de casos graves era na Baixada Cuiabana, onde existem mais recursos para o tratamento. Este ano, o vírus chegou às cidades mais distantes da Capital e, nos locais, as condições de atendimento são limitadas e ainda falta informação dos profissionais para acelerar o diagnóstico.
Os municípios com maior registro de mortes são: Sinop (11), Primavera do Leste (4), Rondonópolis (7).
Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e mostram a redução de 17% no número de casos notificados. O declínio da incidência aconteceu tanto na forma clássica como com a grave, que inclui a hemorrágica. Em 2010 foram registrados 45.027 casos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 54.299. Já na forma grave, aconteceram 923 registros este ano e 1.474 em 2009.
Lira assegura que a pessoa contaminada pelo tipo 2 do vírus pode ter a situação agravada quando já foi contaminada pelo tipo 1. Nestes casos, o vírus costuma ser mais agressivo e a demora no diagnóstico pode levar à morte.
O superintendente alerta que além da reinserção, a não aplicação das medidas preventivas trazem reflexos nos números. Ele afirma que todos os municípios receberam as recomendações e os que aplicaram, tiveram uma redução significativa. As localidades que tiveram melhor desempenho serão divulgadas na próxima semana, conta Lira, assim como as medidas adotadas.
Capital - Em Cuiabá, foram notificados este ano 4.543 casos de dengue, sendo 90 graves. Quanto ao número de mortes, foram notificadas 7, sendo que 4 estão confirmadas e 3 estão sob investigação.
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