Divisão da Fiat deve acelerar aliança com Chrysler
A Fiat deve focar em uma participação majoritária na Chrysler depois de completar nesta segunda-feira a divisão de suas atividades com automóveis das operações com caminhões e tratores.
A separação da empresa é parte fundamental do plano do presidente-executivo, Sergio Marchionne, para recuperar o maior grupo industrial italiano com ajuda de alianças.
A Fiat já detém 20% da Chrysler e a separação das atividades de caminhões e tratores, agora sob o chapéu Fiat Industrial, abre caminho para a empresa ampliar sua participação na montadora.
"Se a Chrysler for listada em bolsa este ano, deveremos pensar sobre acelerar a opção de aumento de nossa participação", disse Marchionne a jornalistas depois que as ações das novas Fiat Spa e Fiat Industrial começaram a ser negociadas na Bolsa de Milão.
Marchionne, que está comandando a maior reestruturação no grupo centenário, afirmou a jornalistas que a companhia não tem planos no momento para fundir a Fiat com a Chrysler, mas que a montadora italiana considera aumentar sua participação na norte-americana para 51% em 2011.
As ações da Fiat e da Fiat Industrial estavam sendo negociadas a um valor de mercado ligeiramente acima do valor anterior do grupo, de 19 bilhões de euros (US$ 25,4 bilhões).
A divisão, chamada pelo investidor John Elkann de "momento definidor da história da empresa", também deve aumentar as chances de uma fusão completa da Fiat com a Chrysler. A Fiat comprou participação na montadora norte-americana em 2009, quando a Chrysler quase entrou em colapso.
No curto prazo, a Fiat vai se concentrar em aumentar a participação na Chrysler e competir nos mercados mundiais. No longo prazo, a empresa pode gerar mais valor com operações como oferta de ações da Ferrari e venda da área de autopeças Magneti Marelli.
Como parte dos planos de Marchionne, a Fiat pode investir até 20 bilhões de euros em fábricas de veículos na Itália para melhorar sua produtividade. O executivo já conseguiu dois acordos trabalhistas com sindicatos para aumentar jornadas e limitar greves e benefícios.
Marchionne disse que os resultados da Chrysler em dezembro foram bons e que as vendas de carros da Fiat no mês passado foram um pouco melhores que a queda de 23,8% em novembro.
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