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Política
Segunda - 03 de Janeiro de 2011 às 20:57
Por: Priscilla Mendes

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O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assumiu nesta segunda-feira (3) prometendo ampliar o acesso ao SUS (Sistema Único de Saúde). Ele disse que terá “obsessão” pela redução da demora no atendimento na rede pública. Padilha deixa a pasta que comandava durante o governo Lula, Relações Institucionais, a Luiz Sérgio, que também assumiu o cargo nesta manhã.

- A nossa obsessão é dar acolhimento de qualidade no tempo adequado. Esse tem que ser um objetivo quase único desse ministério. [...] Cada secretário, cada diretor de programa, cada servidor desse ministério tem que acordar de manhã e dormir à noite se perguntando o que fez para garantir acolhimento e atendimento de qualidade no SUS.

Padilha reconheceu que o acesso à rede pública de saúde é ainda o maior desafio do sistema e que “a fila, a demora e a espera são um problema recorrente”. Ele citou dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que revelaram que 86% dos entrevistados que tiveram acesso ao atendimento do SUS classificaram o atendimento como satisfatório.

- Ao serem atendidas pelo SUS, as pessoas saem de lá dizendo que o atendimento foi satisfatório. Como o SUS, com um sistema como esse, que tem naqueles que conseguem entrar no sistema um certo grau de satisfação pode continuar sendo objeto de critica tão forte? A grande preocupação das pessoas é o acesso, a demora, a espera.

Padilha rebateu as críticas de que é uma figura muito política para assumir o cargo. Ele deu risada ao lembrar que, quando chegou à pasta de Relações Institucionais, foi apontado como um nome muito técnico para um cargo político e que, quando anunciado como ministro da Saúde, foi considerado muito político para um cargo técnico. A esse respeito, o ministro mandou um recado para senadores, deputados, prefeitos e governadores, com os quais prometeu trabalhar em parceria.

- Serei um ministro técnico, mas um ministro político capaz de trabalhar pela melhora da qualidade da saúde no país.

O ministro prometeu ainda estar presente em todas as reuniões do Conselho Nacional de Saúde e citou a “rica” experiência que teve ao presidir o Conselho de Desenvolvimento Social, quando estava à frente das Relações Institucionais.

Padilha é médico infectologista graduado pela Unicamp (Universidade de Campinas) e pós-graduado em doenças infecciosas e parasitárias. No governo Lula, foi diretor nacional de Saúde Indígena da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e passou pela coordenação da pasta de Assuntos Federativos, onde participou de discussões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Quem deixa o ministério da Saúde é o médico José Gomes Temporão, que esteve à frente da pasta desde o segundo mandato do governo Lula e que, agora, volta a atuar na Fiocruz.

Temporão se despediu do cargo criticando a relação da mídia com a saúde pública. Segundo ele, as recentes pesquisas de opinião colocam a saúde como a primeira preocupação dos brasileiros, no entanto, “a grande mídia não nos auxilia adequadamente na tomada de consciência para a discussão dos fatores chaves”.

- Continua a confusão entre cuidar da saúde e tratar de doenças, entre investir em condições que produzem saúde, que melhoram as condições de vida e tecnologias de ponta. A falta de equilíbrio nessa importantíssima questão, no geral, não aponta para o fortalecimento e desenvolvimento de informações essenciais para a verdadeira autonomia dos brasileiros nas decisões e cuidados com a sua saúde.
 




Fonte: Do R7

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