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Política
Quinta - 06 de Janeiro de 2011 às 15:24

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O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) está em rota de colisão com o Sindicado das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado(Sindalcool), num situação inédita entre as duas entidades sindicais, que "brigam" para não assumir o ônus do aumento exorbitante do álcool. O Sindipetróleo acusa um dos diretores de ser mentiroso e promete uma interpelação judicial, que joga mais gasolina de alta octanagem no incêndio e no atrito entre os dois sindicatos.

De acordo com o Sindipetróleo, o posicionamento de Jorge dos Santos, diretor-executivo do Sindalcool,  falta com a verdade quando atribui aos revendedores a culpa por eventuais aumentos do etanol.

"Ele (Jorge dos Santos) não entende ou desconhece os reajustes praticados pelas distribuidoras, ele falta com a verdade. Tenho notas fiscais que comprovam aumento de 60% do álcool nas refinarias aumentou do dia 30 de setembro do ano passado até esta quarta-feira (5)", afirmou o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, em entrevista ao Olhar Direto nesta quinta-feira (6).

Ele avisa que vai interpelar judicialmente o Sindalcool, pois assim como o consumidor, os revendedores consideram que ocorreram sim alterações sequenciais. "Não somos nós, os revendedores, os responsáveis pelas constantes altas. Esse Jorge falta com a verdade e já por várias vezes deu declarações irresponsáveis que deixa em dúvida o consumidor". Locatelli cobra ainda que o Sindalcool assuma a responsabilidade pelo aumento do álcool devido à escassez do etanol no mercado.

Segundo o Sindipetróleo, não é mais possível absorver os aumentos repassados pelas distribuidoras que, por sua vez, afirmam que também ocorreu aumento nos valores de compra do produto junto às usinas.

“Até mesmo a própria presidente Dilma Rousseff manifestou surpresa com a instabilidade do mercado do etanol e deve cobrar dos usineiros uma explicação, conforme notícia divulgada pela Agência Estado”, destaca Locatelli, via assessoria.

Assim como o consumidor e os revendedores, o governo federal se mostra insatisfeito com os altos preços. “O que estão fazendo com o mercado e com os revendedores é uma perversidade e não vamos ficar quietos diante desse cenário”, avalia o presidente do sindicato representante dos postos.
 






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