EUA defendem aumentar sanções da ONU sobre Costa do Marfim
Susan lembrou que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram medidas próprias nos últimos dias, como o congelamento de bens de Gbagbo e seus colaboradores mais próximos.
No caso da ONU, existe um regime de sanções sobre a Costa do Marfim e enquanto a situação seguir paralisada, acho que temos a obrigação de revisar e decidir se deve ser aumentados e reforçados, disse a embaixadora americana na saída de uma reunião do Conselho de Segurança.
Nessa mesma linha, assinalou que não há nenhum prazo para considerar este assunto, mas ressaltou: é hora de começarmos a discutir seriamente.
A embaixadora também se mostrou partidária de conceder à missão de paz da ONU na Costa do Marfim (Unoci) o necessário para ser eficaz e efetiva, mas não quis dizer se apoia o pedido do Departamento de Operações de Paz do organismo para enviar até dois mil soldados adicionais ao país africano.
PRESSÃO
Em Washington, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nesta quinta-feira o congelamento dos bens de Gbagbo, de sua esposa, Simone Gbagbo, e de seus assessores e membros mais próximos: Desire Tagro, Pascal Affi NGuessan e Alcide Djedje.
A maioria dos países africanos apoia Ouattara, com exceção de Angola. Na esteira de sanções, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma proibição de viagens para Gbagbo e seu círculo mais íntimo, enquanto que o Banco Mundial e o Banco Central dos Estados da África Ocidental congelaram suas finanças.
O prolongamento da crise na Costa do Marfim aumentou as preocupações dos responsáveis das Nações Unidas, que temem um reatamento da guerra civil que abalou o país entre 2002 e 2007, e o dividiu em dois.
Além disso, acusam os partidários de Gbagbo de estar por trás de uma campanha para instigar a violência contra os cerca de dez mil soldados e policiais destacados pela ONU em todo o país.
Gbagbo exigiu reiteradamente a retirada das tropas da Unoci e dos soldados franceses que as apoiam, que entre outras tarefas se encarregam de garantir a segurança de Ouattara.
O considerado vencedor do pleito de outubro pela comunidade internacional se encontra cercado no Hotel Golfe de Abidjã, capital econômica do país, desde 16 de dezembro.
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