Abuso sexual lidera ranking de denúncias em Mato Grosso
No segundo semestre de 2008 a equipe fez 165 atendimentos. Em 2009 foram 273, praticamente dobrando em 2010. Os abusos dentro da família são muito difíceis de serem denunciados. É o caso de S., 25, que teme que a filha de 5 anos possa ser a próxima vítima de abusos do marido de uma prima, que já vem abusando da enteada de 6 anos e possivelmente do irmão da menina, com 5 anos. Ele convive há 5 anos com a família, que é grande e mora em uma única propriedade, na região do CPA. A jovem disse que já denunciou o fato na escola e ao Conselho Tutelar, mas até agora não viu resultados. Alega que a mãe da menina já flagrou o abuso, mas teme denunciar o marido. Tem medo da reação da família e bem como pela dependência econômica que tem do marido.
Para Mara Rúbia, é por estas peculiaridades que a investigação precisa do apoio da equipe. Lembra que muitas vezes o policial não tem o tato suficiente para obter informações, que são dadas ao psicólogo com muito mais precisão.
A equipe multidisciplinar que atendia a Deddica e a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) era mantida pela Secretaria Estadual de Educação, mas a contratação foi considerada como irregular. Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), na sexta-feira o secretário Diógenes Curado recebeu o relatório sobre a situação e na próxima semana deve tratar do caso com o governador Silval Barbosa.
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