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Política
Segunda - 10 de Janeiro de 2011 às 08:58

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Único partido oposicionista à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) que obteve representatividade nas urnas, os democratas já discutem internamente projetos de candidatura própria na eleição municipal de 2012. A estratégia é apresentar-se nos municípios com maior colégio eleitoral que são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças, Sinop, Cáceres e Alta Floresta. No total, o DEM já conta com 24 prefeitos em Mato Grosso.

"O processo de reestruturação do partido passa pela eleição de 2012 que servirá de base para 2014. Apesar das dificuldades da última eleição, o DEM elegeu seu representante na Câmara Federal e dois deputados estaduais. Isso certamente impulsiona a vontade de projetos próprios", comentou o deputado federal eleito Júlio Campos.

Consciente da necessidade de atrair novas lideranças em Cuiabá e Várzea Grande, principalmente pelo mau desempenho na última eleição municipal quando se aliou ao PP e apoiou Walter Rabello e Julio Campos, respectivamente, ambos derrotados, o DEM já ensaia convites aos filiados de outras legendas. "O empresário Mauro Mendes é um bom nome para pertencer aos quadros do DEM e disputar a prefeitura de Cuiabá. Ainda pretendo convidá-lo para avaliar essa possibilidade. O deputado estadual Sérgio Ricardo tem boa aceitação em Várzea Grande e a simpatia do DEM. Pode perfeitamente ser nosso candidato em Várzea Grande", revelou Julio Campos.

Nos bastidores, a filiação de Mendes e Sérgio Ricardo ao DEM é considerada improvável. O primeiro está concentrado em reerguer-se politicamente após o fracasso na eleição para governador e vê uma eventual troca de partido desfavorável aos seus projetos, já o parlamentar não pretende transferir seu domicílio eleitoral que pertence a Cuiabá.

Neste projeto de reestruturação, o DEM não prioriza, a princípio, alianças com o PSDB, a exemplo do que ocorreu na eleição estadual quando as legendas adversárias históricas em Mato Grosso obedeceram à linha nacional e uniram-se em torno do projeto de eleger ao governo do Estado o ex-prefeito de Cuiabá, o tucano Wilson Santos. "A eleição municipal tem suas particularidades que devem ser respeitadas. O DEM está aberto ao diálogo com todas as legendas, mas não haverá prioridade a A ou B", afirma Julio Campos.

As discussões com outras legendas visando projetos políticos partidários se intensificam no segundo semestre deste ano. Internamente, o DEM discute a renovação do diretório estadual e está aberta a possibilidade de o deputado estadual Dilceu Dal Bosco assumir o cargo.




Fonte: A Gazeta

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