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Política
Segunda - 10 de Janeiro de 2011 às 13:59
Por: ANTONIELLE COSTA

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Stábile tenta retornar ao cargo, mas teve recurso negado novamente
Stábile tenta retornar ao cargo, mas teve recurso negado novamente

Um erro de digitação no site do Superior Tribunal de Justiça (STJ) causou alvoroço nos bastidores políticos e jurídicos de Mato Grosso, neste final de semana. A página do órgão trazia a informação de que o presidente afastado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), desembargador Evandro Stábile, teria conseguido uma decisão favorável do STJ, que permitiria sua recondução ao cargo.

O recurso foi proposto no último dia 4 e, segundo o site do STJ, o pedido teria sido deferido pelo ministro Ari Pargendler, presidente da instituição, no último dia 7. A alegria durou até o advogado de defesa de Stábile, Valber Melo, conseguir a íntegra da decisão e checar que, na verdade, o recurso foi indeferido.

Evandro Stábile está afastado, cautelarmente, de suas funções no comando da Justiça Eleitoral e no Tribunal de Justiça desde junho passado, por decisão do Pleno do STJ. O magistrado é acusado participar de um suposto esquema de venda de sentença que envolveria magistrados, servidores públicos e advogados.

As investigações resultaram na Operação Asafe, deflagrada em maio passado pela Polícia Federal. Na ação, nove pessoas foram presas e foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, inclusive, na residência do próprio Stábile.

A defesa de Stábile ingressou com vários recursos tanto no STJ quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa que o magistrado retomasse as suas funções. Até o momento, nenhum pedido foi acatado.

Anulação da Asafe

Stábile tenta ainda anular a Operação Asafe, e, consequentemente, as interceptações telefônicas e os mandados de busca e apreensão. O pedido teve como base o fato de a instauração do inquérito judicial ter sido feito em cima de supostas denúncias anônimas, fato que contrariaria a jurisprudência do STF.

A defesa levou em conta a solicitação da abertura do inquérito ter sido feita pelo procurador regional eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, alegando que ele não possui atribuição para investigar autoridades sujeitas à prerrogativa de foro e ser desafeto pessoal de Stábile.

Além disso, alegou que as investigações foram conduzidas pelo juiz Jefferson Schneider, da Segunda Vara Federal de Mato Grosso - sendo Stábile investigado pelo "seus próprios pares" e que as provas são ilícitas, uma vez que foram determinadas pelo juízo incompetente para julgar o caso.

Se o pedido de anulação for deferido, todos os envolvidos na Operação Asafe serão beneficiados com a decisão.

Juiz Círio Miotto

O ministro Ari Pargendler também indeferiu o pedido do juiz mato-grossense Círio Miotto, que tenta retornar às suas funções no Tribunal de Justiça. Ele também é investigado pelo STJ, por suposta venda de sentença.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o advogado Valber Mello, que defende Evandro Stábile, mas ele não quis se manifestar sobre o assunto.

Confira fac-símile da decisão do STJ sobre o Caso Evandro Stábile:






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