O homem do Arizona de 22 anos, acusado de abrir fogo contra 20 pessoas ao tentar assassinar uma congressista norte-americana no fim de semana, fez sua primeira aparição em um tribunal na segunda-feira, com as mãos algemadas.
Promotores federais já acusaram Jared Lee Loughner de cometer cinco crimes, incluindo o assassinato de empregados federais e tentativa de assassinato da deputada democrata Gabrielle Giffords, que participava de um encontro com eleitores em um supermercado de Tucson, no sábado.
Loughner poderá ser sentenciado à morte se condenado pelo assassinato do juiz federal John Roll e de Gabe Zimmerman, integrante da equipe da deputada. Os promotores, no entanto, não disseram se pedirão a pena de morte.
Loughner também deve enfrentar acusações estaduais de assassinato em conexão com o massacre, no qual seis pessoas, incluindo uma menina de nove anos, morreram.
O acusado entrou no tribunal vestindo camisa verde e calças cáqui, olhando fixamente para frente. Ele não fez qualquer declaração, mas respondeu a perguntas com a voz firme, inclinando-se para o microfone para dizer que compreendia as acusações contra ele.
Um agente ficou perto de Loughner quando ele se sentou à mesa do réu com Judy Clarke, uma advogada que defendeu Ted Kaczynski, mais conhecido como o Unabomber, e quem assumiu o caso Loughner.
O juiz Lawrence Anderson determinou que Loughner ficará preso até nova ordem, já que o considerando um perigo para a comunidade.
Anderson marcou para 24 de janeiro uma audiência preliminar, a próxima etapa do caso federal. A advogada Clarke disse estar preocupada com o envolvimento de promotores federais e juízes do Arizona no caso.
Loughner foi descrito por conhecidos e colegas de turma como instável, com um histórico de explosões.
Segundo a polícia, ele usou uma pistola semiautomática, permitindo-lhe disparar dezenas de balas no meio da multidão que se reuniu para o evento da deputada.
Giffords foi atingida uma vez --a bala atravessou a cabeça e saiu por um olho-- e ela permanecia em estado grave em um hospital de Tucson na segunda-feira, com a metade do seu crânio removido para proteger seu cérebro.
Ela está respondendo a ordens verbais, e os médicos disseram estar otimistas sobre seu prognóstico.
(Reportagem adicional de Jeremy Pelofsky, em Washington)
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