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Economia
Terça - 11 de Janeiro de 2011 às 10:20

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O calote do consumidor brasileiro cresceu no ano passado mais que em 2009, ano em que os efeitos da crise econômica internacional mais atingiram o Brasil, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pela empresa de análise de crédito Serasa Experian. O avanço da inadimplência em 2010 foi de 6,3%, contra 5,9% um ano antes.

Segundo os economistas da Serasa, em 2010 o consumidor se sentiu mais confiante para contrair dívidas, principalmente devido aos níveis historicamente baixos do desemprego, da formalização dos empregos, do crescimento real da renda e da melhor expectativa em relação à sua condição financeira.

O aumento do calote, assim, refletiu esse maior endividamento, que superou o ritmo de crescimento dos salários, além de parcelamentos a prazos mais longos. A alta da inflação, por sua vez, também comeu parte dos rendimentos do trabalhador, e tornou mais difícil manter as contas em dia.

Na comparação de dezembro do ano passado com o mesmo mês de 2009, houve alta de 20,9%; em relação a novembro de 2010, a alta foi de 1,1%.

A perspectiva para o início deste ao, segundo a Serasa, é de que as medidas já adotadas pelo Banco Central e a perspectiva de aumento dos juros – na tentativa de controlar a inflação –, além dos pagamentos de impostos (IPTU e IPVA) e os reajustes de matrículas e mensalidades escolares, possam dificultar ainda mais o equilíbrio das contas do consumidor.

Dívidas

Os títulos protestados tiveram a maior elevação na comparação entre novembro e dezembro, 5,5%, seguidos pelos cheques devolvidos por falta de fundos, que cresceram 3,5% no período. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras e serviços) apresentaram um crescimento de 2,4%. Já as dívidas com bancos caíram 0,6%.

As dívidas não bancárias ficaram, em média, em R$ 390,24, uma elevação de 4% na comparação com 2009. Quanto às dívidas com bancos, o valor médio foi de R$ 1.311,97 na mesma comparação - uma queda de 3%.  Já os títulos protestados, de janeiro a dezembro de 2010, tiveram um valor médio de R$ 1.183,09, com alta de 6,8% sobre 2009. Por fim, o valor médio dos cheques sem fundos no ano passado foi de R$ 1.254,44 (alta de 22,9% na comparação anual).





Fonte: Do R7

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