MySpace confirma rumor e demite quase 50% dos funcionários
A rede social MySpace anunciou nesta terça-feira a supressão de 500 postos de trabalho (o que corresponde a 47% de seus efetivos), assim como o fim de várias associações internacionais.
"Hoje, mudanças duras, mas necessárias, foram tomadas a fim de proporcionar à empresa um caminho livre para o crescimento sustentável e a rentabilidade", afirmou o presidente-executivo da empresa, Mike Jones, em um comunicado.
"A nova estrutura organizacional vai nos permitir avançar com mais agilidade, desenvolver produtos mais rapidamente e atingir uma maior flexibilidade do lado financeiro", disse Jones.
A informação já havia vazado ontem por meio do blog All Things Digital, do diário econômico "The Wall Street Journal".
JOGANDO A TOALHA
Em novembro, executivo-chefe do site, Mike Jones, declarou que o MySpace não era mais um adversário direto do Facebook dentro da arena de disputa das redes sociais.
"O MySpace não é mais uma rede social. É, agora, um lugar de entretenimento social", declarou ele, em entrevista televisiva ao jornal britânico "The Telegraph".
Ele confirmou que o enfoque do site permanece em música e bandas, ambicionando um público cuja faixa etária fica entre 13 e 35 anos.
Um mês antes, o MySpace fez uma reformulação de lay-out que também incluiu a mudança do logo da companhia.
Fundado em 2003, o MySpace chegou a ser a rede social mais popular da internet, com mais de 100 milhões de usuários. O site, no entanto, perdeu espaço com o surgimento do Facebook, em 2008, cuja base de usuários já ultrapassa os 500 milhões.
Questionado sobre como o site se pareceria em 2015, disse que seria "tipo um produto móvel".
BYE, BYE BRASIL
O escritório do MySpace no Brasil, inaugurado com alarde no fim de 2007, encerrou as operações no dia 1º de julho de 2009, segundo a Folha apurou.
De acordo com Angelos Ktenas Jr., diretor de conteúdo do MySpace Brasil, a informação recebida com surpresa, já que, segundo ele, o escritório do site no país "sempre operou no azul".
"Não sabemos o porquê de fechar no Brasil, um dos poucos que dava muito dinheiro entre os 30 países em que existe o MySpace. Acredito que isso se deva mais à situação nos Estados Unidos", afirmou Ktenas à reportagem.
Outro funcionário da empresa, que preferiu não se identificar, também confirmou a informação. A reportagem tentou contato com Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace Brasil, mas não teve sucesso.
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