Éder alerta para evitar críticas à gestão Maggi
O secretário-chefe da Casa Civil, Éder Moraes, demonstrou irritação com o fato de membros do governo lançarem críticas à administração anterior, na qual Silval Barbosa (PMDB) iniciou o mandato como vice-governador e terminou como chefe do Executivo - em virtude do afastamento do ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (PR). “Não somos um governo de oposição que está sucedendo outro. Este é o momento de trabalhar mais e falar menos. Devemos buscar entrosamento”, afirmou Éder, sem citar nomes.
Embora tenha optado por não dirigir o recado a uma pessoa específica, as declarações de Éder têm como foco principal o recém-empossado secretário de Saúde Pedro Henry (PP). O progressista, licenciado da Câmara Federal, vem mantendo um discurso de otimização dos trabalhos no setor, antes conduzido pelo ex-secretário Augusto Amaral. Amaral foi indicado por Blairo e mantido no staff por Silval.
Mesmo citado em escândalos nacionais que envolvem esquemas de corrupção, como a “Máfia dos Sanguessugas” e o “Mensalão”, Pedro Henry tem declarado que irá “tapar os ralos” por onde o dinheiro público estaria escorrendo. Com base em sua experiência como médico e parlamentar, ele acredita que irá solucionar gargalos da Saúde estadual.
Para Éder Moraes, o novo secretariado de Silval deve se empenhar em trabalhar neste início de novo mandato. Eventuais equívocos ou problemas, segundo o chefe da Casa Civil, deverão ser discutidos nas reuniões do governador com o secretariado, entre os núcleos sistêmicos e nas reuniões extraordinárias convocadas por Silval. “Se tem algo a ser corrigido, isso pode ser feito sem criticar colegas. Esse tipo de atitude causa um desconforto desnecessário, somos uma equipe”, complementou.
Éder foi enfático ao afirmar que a Casa Civil não irá tolerar esse tipo de posicionamento que pode ser motivo de convocação para reunião extraordinária com o governador. Na reforma administrativa que acaba de sancionar, o governador Silval Barbosa aumenta os poderes da Casa Civil, que terá como principal missão fiscalizar e buscar diálogo entre as pastas.
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