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Internacional
Quinta - 13 de Janeiro de 2011 às 19:46

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Forças leais ao presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, atacaram pelo menos seis veículos da ONU (Organização das Nações Unidas) e colocaram fogo em pelo menos um deles, nesta quinta-feira, em meio a um aumento nas tensões entre o governo e a entidade internacional. Duas pessoas ficaram feridas.
A Costa do Marfim vive turbulências desde a eleição presidencial de 28 de novembro --que tanto Ouattara quanto Gbagbo afirmam ter vencido. A comunidade internacional aponta Ouattara vencedor da eleição, mas Gbagbo se recusa a deixar o poder.

No poder desde 2000, o presidente Gbagbo enfrenta cada vez mais pressão internacional e nacional para deixar o governo, que assumiu após a anulação de cerca de 10% dos votos da eleição de novembro, a maioria em redutos de Ouattara.

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou energicamente os ataques dos partidários de Gbagbo.

Em Genebra, Navi Pillay, alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, afirmou que as Forças Armadas estão bloqueando o acesso a um lugar próximo à localidade de Daloa, no centro do país, onde há relatos sobre a existência de uma vala comum.

A ONU suspeita que muitos dos cadáveres nessas valas comuns sejam de pessoas mortas pelos militares e por milícias leais a Gbagbo, durante ataques noturnos a bairros habitados por seguidores de Ouattara. Há também centenas de desaparecidos.

Os militares também já tinham sido acusados de impedir o acesso a duas valas comuns em Abidjan, maior cidade da Costa do Marfim, e arredores.

Nesra quinta-feira, um porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU em Genebra, Rupert Colville, disse que a organização vem tentando investigar uma suposta terceira vala comum em Issia, região central da Costa do Marfim.

Segundo a Unoci, desde o início da violência pós-eleitoral no país, são 210 mortos confirmados, em sua maioria seguidores de Ouattara.

Mais de 20 mil pessoas já fugiram para a vizinha Libéria, temendo novos confrontos.

A ONU afirma que a maioria dos mortos e sequestrados foram vítimas de membros das forças de segurança leais a Gbagbo ou de milícias ligadas a ele. Segundo a entidade, os assassinatos e sequestros aconteceram, em sua maioria, em operações regulares realizadas à noite, que tinham como alvo principal simpatizantes de Ouattara.

Os aliados de Gbagbo rejeitam as acusações e afirmam que vários policiais foram mortos por simpatizantes armados de Ouattara.
 






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