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Cidades
Sábado - 15 de Janeiro de 2011 às 07:51
Por: Dhiego Maia

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Todo ano os mato-grossenses passam por um ciclo dramático. No inverno seco, as queimadas devastam as pastagens, tornam o ar irrespirável e elevam as temperaturas.

Já no verão, a preocupação vem do alto. As chuvas torrenciais alagam as cidades, interrompem o trânsito, destroem casas e ceifam vidas. A repetição desses eventos nas mesmas estações do ano ao menos deveria ser minimizada, já que os estados e a União mantêm uma rede de defesa e controle de desastres naturais.

Cada estado conta com a Defesa Civil, órgão responsável por prevenção, controle e planejamento das ações executadas para o atendimento à população sob risco.

Em Mato Grosso, o órgão foi criado após uma grande enchente que alagou Cuiabá em 1974 e destruiu vários bairros da Capital. Para monitorar o comportamento das chuvas no Estado, a Defesa Civil mantém a coordenadoria de Prevenção a Desastres e Reconstrução. A coordenadoria é responsável por emitir alertas de desastres, acompanhar a elevação dos rios e a quantidade de chuva que vai cair em uma dada região.

Segundo o gerente, Mário Márcio Rodrigues de Oliveira, os alertas só conseguem cobrir os eventos climáticos por regiões. Essa limitação, para Oliveira, é um problema. “Os alertas não são direcionados às cidades e sim às regiões do Estado. Se a cidade está na região identificada, ela tem que ficar em alerta. O boletim orienta a população a tomar medidas preventivas”, salienta.

Para atuar com mais rapidez, a Defesa Civil vem há algum tempo realizando mapeamento de áreas de riscos no Estado. O órgão já apontou que na Baixada Cuiabana, por exemplo, os alagamentos são crônicos e históricos. Só Cuiabá conta com sete pontos de risco. Grande parte deles está localizada às margens de córregos e rios canalizados.

Na região norte do Estado, é a erosão aberta pelas chuvas que dificulta a mobilidade da população. “Esses locais já contam com estações meteorológicas automáticas para prever os estragos. Se o rio está subindo, por exemplo, nós podemos dar uma resposta mais rápida”.

PRECARIEDADE – Mas é nos municípios do interior que a situação é pior. Dos 141 cidades de Mato Grosso, 27 deles não contam com a Comissão Municipal da Defesa Civil (Comdec). A maioria está localizada no extremo norte, região castigada por queimadas e chuvas fortes. “Para criar a comissão basta o município querer. Nós não podemos obrigar essas cidades a criar o órgão”, enfatiza Oliveira. O Corpo de Bombeiros é o principal parceiro da Defesa Civil. Com 17 unidades, o órgão conta com 22 barcos com motor para percorrer áreas alagadas.






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