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Cidades
Sábado - 15 de Janeiro de 2011 às 11:13
Por: Edivaldo de Sá

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O município de Nortelândia possui hoje mais de 300 assentados da reforma agrária, distribuídos em três projetos de assentamento localizados na Zona Rural da cidade, sendo o Assentamento São Francisco, onde vivem 70 famílias, o Raimundo da Rocha (Barreirão) com 194 famílias, ambos do INCRA e o Nossa Terra Nossa Gente onde estão 50 famílias, este último numa parceria Incra e Governo do Estado de Mato Grosso.

Mesmo com uma grande quantidade de pessoas contempladas, se compararmos pelo número da população que é de pouco mais de 7 mil habitantes, movimentos se articulam nos bastidores para provocar a desapropriação de outras áreas e beneficiar outras centenas de famílias, como é o caso dos remanescentes do Barreirão, que acabaram não sendo atendidos e criaram a Associação dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Movimento Trabalho Terra e Progresso, conhecido como Barreirão II, reunindo algumas dezenas de famílias que se acamparam na divisa da Fazenda Barreirinho (800. 9033 ha), propriedade que pretendem ver desapropriada para assentar os cadastrados e associados.

A associação se reúne todos os domingos e discute os procedimentos a serem adotados com o objetivo de provocar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a realizar uma vistoria na área e iniciar o processo de desapropriação.

Alguns membros da diretoria da associação, que preferem não serem identificados, defendem a invasão da Fazenda Barreirinho, como forma de pressionar o órgão do Governo Federal a atender as reivindicações, outros estão temerosos quanto uma possível invasão da propriedade como ferramenta para viabilizar a desapropriação.

O Repórter News tentou manter contato com o presidente da associação, Valdomiro dos Santos, para saber qual o posicionamento do grupo a respeito, mas ele não foi encontrado para dar esclarecimentos.

Outro movimento, que já conta com centenas de interessados, é liderado pelo sindicalista Josafá Santos Rocha, que pretende desapropriar parte da Fazenda Arrossensal (Camargo Corrêa) e articula para que o Incra faça uma vistoria na área e possa viabilizar o assentamento de inúmeras famílias.

Segundo informações extra-oficiais o movimento deve estar com aproximadamente 1.000 famílias cadastradas.






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