Após crimes contra turistas, Santa Catarina reedita cartilha "antiviolência"
Entre as recomendações que deverão constar na publicação está evitar ir à praia de madrugada, não deixar a chave na ignição do carro, reservar um hotel ao chegar à noite e procurar acomodação durante o dia, além de não reagir a assaltos.
No início do mês, um turista argentino foi assassinado na praia de Canasvieiras, em Florianópolis, em circunstâncias como essas. Na madrugada do dia 4, Raúl Baldo, 48, resolveu ver o mar antes de procurar um hotel. Reagiu a uma tentativa de roubo do carro e foi morto.
Uma cartilha semelhante à que será publicada deixou de ser distribuída há cerca de dois anos "por falta de necessidade", segundo Valdir Walendowsky, presidente da Santur, empresa de promoção do turismo no Estado.
A volta da publicação --agora em edição trilíngue (português, inglês e espanhol)-- se deve ao aumento e à diversificação dos turistas que visitam o Estado neste ano, segundo Walendowsky. O governo nega que a morte do argentino tenha motivado a volta da cartilha.
A publicação foi decidida em reunião na quinta-feira entre representantes da segurança pública e do turismo e cônsules de países vizinhos.
JURERÊ
Na noite de quarta-feira (12), dois adolescentes renderam 16 veranistas de São Paulo que estavam em uma casa em Jurerê Internacional, balneário de luxo vizinho a Canasvieiras. Eles roubaram R$ 3.500 e fugiram com a caminhonete de uma da vítimas.
Segundo a Secretaria da Segurança, os jovens foram localizados pela polícia e apreendidos uma hora após o assalto. Com eles, foram encontradas armas falsas.
A secretaria informou que, após a morte do argentino, Canasvieiras recebeu reforço de 70 policiais militares e 20 policiais civis.
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