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Cidades
Terça - 18 de Janeiro de 2011 às 14:51

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) deu um prazo de 30 dias para que o consórcio Santa Bárbara-Mendes Júnior procure formas de melhorar os salários dos funcionários da obra do novo estádio do Verdão, na Arena Pantanal.

O presidente do sindicato, Joaquim Santana, esteve  há pouco no canteiro de obras do estádio, reunido com cerca de 70 trabalhadores. Eles reclamam que recebem apenas o piso da categoria, valor abaixo do praticado no mercado, aponta o sindicato. “Hoje, as boas empresas do ramo pagam para pedreiro, por exemplo, cerca de R$ 1.200,00 mais um valor como prêmio sobre a produção. Aqui, vemos pedreiros recebendo R$ 772,00, valor que com os descontos dos encargos sociais, fica muito baixo”, comentou Joaquim.

Os trabalhadores são contratados por empresas terceirizadas, estas contratadas pelo consórcio Santa Bárbara-Mendes Júnior. Um ajudante de metalúrgico que trabalha na obra e não quis se identificar, afirmou que seu salário, que é de R$ 660,00, cai para R$ 260,00 com os descontos. “É muito baixo, uma miséria”, reclamou ele.

Para Joaquim Santana, é uma vergonha que uma obra de interesse mundial seja construída “sobre a desgraça dos trabalhadores e suas famílias”.

O gerente administrativo da obra, Crispim Shekespare, participou da reunião. Ele alegou aos funcionários que por hora seria difícil melhorar os salários.

Atualmente, o menor piso da categoria é o do servente de pedreiro, que recebe R$ 587,00.

“Vamos lutar pela melhoria dos salários, cobrar da diretoria da Agecopa que se posicione sobre esta situação vergonhosa”, disse Joaquim. Ele informa que encaminhou  em novembro ofício à diretoria da Agecopa, solicitando audiência com o presidente, Yênes Magalhães, para tratar das irregularidades nas obras da Copa 2014. “Ainda não recebemos nenhuma resposta”, reclama.






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