Senador eleito encarou com naturalidade mais uma tentativa de cassação de diploma
Taques considera acusações de Abicalil “raquíticas”
O senador eleito Pedro Taques (PDT) encarou com "naturalidade" o pedido de cassação de diploma, impetrado pelo deputado federal e ex-adversário Carlos Abicalil (PT), que o acusa de fazer "Caixa 2" durante campanha eleitoral.
De acordo com o ex-procurador da República, em nota de esclarecimento, Abicalil tenta anular por meio jurídico uma decisão "tomada pelo eleitorado mato-grossense".
Além disso, lembrou Taques, a cadeira de senador conquistada por ele, que obteve 708.440 votos, significou uma eleição com mais de 175 mil votos de vantagem sobre Abicalil.
Para a assessoria jurídica da coligação "Mato Grosso Melhor Pra Você", da qual Taques fez parte, as alegações dos advogados de Abicalil já "nascem raquíticas, pois se fundamentam em dados da prestação de contas da campanha".
Segundo um dos advogados do senador eleito, Paulo Taques, as supostas irregularidades já foram analisadas pelo Pleno da Corte Eleitoral, que teve parecer conclusivo do órgão técnico e do próprio Ministério Público Eleitoral, que aprovou as contas por unanimidade e sem qualquer ressalva.
Ainda em nota, Pedro Taques afirmou ter feito uma campanha pautada na "lisura, transparência e ética" e que se coloca à disposição da Justiça Eleitoral para qualquer esclarecimento.
Relembre o caso
A representação do deputado federal Carlos Abicalil (PT)a respeito de suposto esquema de "Caixa 2" não é a primeira para tentar a cassação do diploma do senador eleito Pedro Taques.
Ainda em 2010, Abicalil solicitou investigação judicial eleitoral sobre uma suposta falsificação de ata no processo de registro de candidatura de Taques. O pedido foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
Apesar disso, a equipe jurídica do petista afirmou que irá recorrer da decisão.
Agora,segundo fonte que teve acesso à representação, o argumento é de que Taques teria recebido recursos de fonte proibida.
De acordo com a própria prestação de contas, a doação de horas/vôo de uma aeronave por parte da CVL Indústria e Comércio de Biodiesel Ltda. Mas o avião, na verdade, pertence à empresa Bracol Holding Ltda. Segundo a representação, tal prática violou a resolução nº 23217 do Tribunal Superior Eleitoral, que afirma que os bens ou serviços doados "deverão integrar o patrimônio do doador".
Outro ponto seria a omissão de despesas e contratação de seis sem a devida prestação de contas. A maioria, segundo documento,trabalha no gabinete do deputado estadual Otaviano Pivetta, que foi candidato a vice na chapa de Mauro Mendes (PSB).
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