Dólar fecha a R$ 1,67; Bovespa perde 0,94%
As cotações da moeda americana tiveram um dia relativamente volátil nesta quinta-feira, um dia marcado pelo nervosismo com os rumos da economia mundial.
A China reforçou temores de que mais medidas de aperto monetário (restrição ao crescimento) podem surgir nas próximas semanas, ao revelar um aumento acima do previsto para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a inflação. Os números da economia americana divulgados horas depois tampouco agradaram os agentes financeiros. O destaque negativo do dia foi o balanço do banco Morgan Stanley, que apresentou resultados frustrantes do ponto de visto do mercado financeiro.
Nesse contexto, o dólar comercial voltou a oscilar entre R$ 1,667 e R$ 1,678, encerrando os negócios na casa de R$ 1,672, em leve queda de 0,05%. E nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,780 para venda e por R$ 1,610 para compra.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas de 0,94%, aos 69.396 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,59 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,23%
O Banco Central "surpreendeu", ao realizar o segundo leilão para compra de moeda em um horário bastante "tardio", às 16h11 (hora de Brasília), quando aceitou ofertas por R$ 1,672 (taxa de corte). No primeiro leilão, anunciado em torno das 12h, tomou moeda por R$ 1,6721.
Ontem à noite, o Copom (Comitê de Política Monetária) ajustou a taxa básica de juros de 10,75% ao ano para 11,25%, em linha com as expectativas do setor financeiro. Analistas acreditam que a Selic deve encerrar o ano acima de 12%.
Em seu comunicado pós-reunião, o colegiado de diretores do BC reforçou que se trata apenas do "início" do combate à inflação, validando a percepção de que os juros básicos devem subir nos próximos meses.
Os juros projetados no mercado futuro da BM&F, no entanto, cederam nos contratos de prazo mais curto. Segundo analistas, uma parcela dos agentes financeiros projetava um ajuste da "Selic" ainda maior, em 0,75 ponto percentual.
No contrato para julho de 2011, a taxa projetada recuou de 11,93% ao ano para 11,88%; para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 12,41% para 12,37%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 12,68% para 12,72%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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