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Um indígena e um vigilante se cortaram com porta de vidro quebrada. Grupo protesta contra proposta que muda demarcação de terras indígenas.
Manifestação de índios no Congresso deixa dois feridos
Laycer Tomaz/Ag.Câmara
Deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) conversa com índios protestam no gramado do Congresso
Um índio e um vigilante do Congresso ficaram feridos nesta quarta-feira (2) em meio a uma tentativa de um grupo de indígenas de invadir o prédio da Câmara para protestar contra uma proposta que muda procedimentos de demarcação de terras indígenas no país.
Segundo a assessoria da Casa, o índio Renato da Silva Filho se chocou contra uma porta de vidro da entrada do Anexo I após parte dos manifestantes ter rompido o cordão de isolamento feito pela Polícia Militar.
Os assessores da Câmara não souberam informar se o índio quebrou a porta propositalmente ou se foi um acidente. Em razão dos estilhaços, o indígena sofreu vários cortes nos braços e teve de ser conduzido ao Hospital Universitário de Brasília para receber atendimento médico.
No mesmo incidente, o vigilante Sanderson Inácio Rodrigues Fragoso também foi atingido por pedaços de vidros e sofreu ferimentos leves na testa. Ele foi atendido no departamento médico da Câmara e liberado logo em seguida.
Mais cedo, o grupo de índios tentou entrar no Congresso pelo acesso principal, mas foi contido pela polícia. Segundo as lideranças dos índios, eles são cerca de 1.500 e representam 305 etnias de todo o país.
Do lado de fora, índios tentaram esvaziar o pneu do carro em que estava o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que saiu para conversar com os manifestantes.
Desde a terça-feira os índios protestam em Brasília contra a Proposta de Emenda à Constituição que submete ao Congresso a decisão sobre demarcação de terras indígenas, a PEC 215. Hoje o processo de demarcação depende exclusivamente da União. Os índios são contra a PEC.
Diante da aglomeração de índios no gramado em frente ao Congresso, a Polícia Militar e a Polícia Legislativa fizeram um cerco em torno do prédio. O capitão da PM, Hebert Freitas, disse que a corporação teve que usar spray de pimenta, porque alguns índios não quiseram respeitar a barreira.
Diante do tumulto, dois parlamentares foram até o gramado tentar fazer a mediação entre os índios e a polícia, o deputado Lincoln Portela (PR-MG) e a deputada Perpétua de Almeida (PC do B-AC).
Após a conversa, cerca de 30 índios de diversas etnias se reuniram com o presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), em um dos plenários do Legislativo para pedir o arquivamento da PEC 215. O líder do grupo é o cacique Raoni Cayapó, do Mato Grosso.
Fonte:
Do G1, em Brasília
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