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Saúde
Sexta - 21 de Janeiro de 2011 às 23:04

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Uma pesquisa mostra que os pobres têm a empatia --capacidade de entender sentimentos de terceiros-- mais desenvolvida do que os ricos.
Em um experimento, pesquisadores em psicologia testaram voluntários da Universidade da Califórnia (EUA) que tinham e não tinham curso do terceiro grau.

O objetivo de Michael W. Kraus, da Universidade da Califórnia (EUA), e coautores da pesquisa, era testar as percepções emocionais dos dois grupos a partir da observação de expressões faciais exibidas em figuras.

O resultado indicou que pessoas com maior nível educacional foram mal no teste. Aqueles com menos estudo, em contrapartida, se deram bem na identificação dos sentimentos.

Os achados sugerem que pessoas de classe mais alta não são muito boas em reconhecer as emoções que outras pessoas estão sentindo.

Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque eles podem resolver seus problemas sem depender dos outros --em outras palavras, eles não são tão dependentes das pessoas que o rodeiam, como os indivíduos de classe social mais baixa.

No final do experimento, os voluntários foram instruídos a sentir que eram de uma classe social mais baixa. Eles se mostraram mais sensíveis na leitura das emoções.

Isso mostra que "não é algo natural do indivíduo", diz Kraus. "É o contexto cultural que leva a essas diferenças."

Kraus também afirma que este trabalho ajuda a mostrar que os estereótipos sobre as classes estão errados. "Não é que uma pessoa de classe baixa, não importa o quê, vai ser menos inteligente do que uma pessoa de classe alta. É tudo um questão do contexto social em que a pessoa vive, e os desafios específicos que a ela enfrenta. Se você puder deslocar o contexto, mesmo que temporariamente, as diferenças de comportamento entre as classes sociais podem ser eliminadas."
 






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